terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Distrito Federal está de luto e com medo da onda de violência (inclui comentários)

Polícia apreende menor suspeito de envolvimento na morte de jovem e identifica comparsas


Ludmila Rocha
ludmila.rocha@jornaldebrasilia.com.br


Não era madrugada quando ele chegou. Ele não estacionou o carro em local escuro. Ele não tinha inimigos. Havia pessoas transitando pela rua e crianças brincando nos prédios próximos. Ainda assim, Leonardo Almeida,   29 anos, se tornou mais uma vítima da violência que se instalou no Distrito Federal. Ele foi morto a tiros em Águas Claras, durante um assalto. 

Um menor foi apreendido em São Sebastião e   dois comparsas identificados pela polícia. Até o fechamento desta edição, o menor   era ouvido pelo delegado  da DCA 2, Marcelo Zago. 


O corpo de Leonardo foi enterrado   no cemitério Campo da Esperança.   Cerca de 150 pessoas compareceram. 

Emocionados, parentes e amigos usavam uma camisa branca, em que uma foto do rapaz sorridente estava estampada, com os dizeres “qualquer dia, amigo, eu volto a te encontrar”, abaixo.  

Após a decida do caixão, todos bateram palmas e rosas vermelhas foram distribuídas aos presentes.

O rapaz foi abordado após estacionar sua picape VW Saveiro, de cor branca, em frente ao edifício Real Flat, na Rua 34 Norte, onde morava. Testemunhas contam que o jovem estava sozinho, ao que parece voltando da academia, por volta das 21h30  de quarta-feira, quando tudo aconteceu. 

Foi muito rápido. Ele caminhava em direção à portaria do prédio, em posse de uma mochila, quando os criminosos anunciaram o assalto. 

Assustado, o rapaz teria corrido e, motivados pela reação, os criminosos atiraram. Nada foi levado e os assaltantes fugiram. Um Fiat Pálio  prata, quatro portas, os aguardava com um motorista pronto para a fuga. 

Uma equipe do Samu  tentou reanimar o rapaz por 40 minutos, mas ele não resistiu. Tão chocante quanto o crime foi ver a reação da mãe de Leonardo, Ana Cleide Almeida, ao chegar ao local. O rapaz vivia sozinho, mas sua mãe o visitava diariamente. Ela estava no apartamento do filho quando percebeu o movimento na rua e desceu. “Como eu pude perder meu filho em frente à minha casa? Quantas pessoas já perderam a vida desta forma, só este ano, nesta cidade? Alguma coisa precisa ser feita!”, esbravejou.

Assassinato repercutiu em Águas Claras

Rafael Missen Taveira,   24 anos, amigo íntimo de Leonardo, contou que esteve com o jovem no dia do crime e que ficou chocado ao saber o que aconteceu horas depois.

 “Recebi um vídeo pelo celular de uma pessoa baleada perto da casa dele. 

Cheguei a compartilhar o vídeo no nosso grupo no whatsapp, do qual o Léo fazia parte. 


Daí quando ia  brincar com ele dizendo “aí, Léo, cuidado, sua quebrada tá perigosa”, alguém me disse que era ele que tinha sido baleado. Foi um choque. 

Na hora fomos para a casa dele”, lembra. 

De luto, a Capella Lounge Bar, casa de shows em que Leonardo trabalhava, em Taguatinga, resolveu fechar as portas na noite de ontem. “Na quarta-feira o clima já estava horrível. Quando os promoters  ficaram sabendo ficaram muito abalados e saíram da boate para chorar. Hoje não tinha mesmo condições de abrir”, comentou  Rafael.  (Colaborou Renan Bortoletto).

Memória

O crime é semelhante ao ocorrido em 3 de janeiro, quando o brigadeiro da Aeronáutica  João Carlos Franco,   66 anos, foi baleado na cabeça  após ser abordado por dois homens, quando entrava na garagem de seu prédio, na 112 Sul. Os criminosos também pretendiam roubar seu carro. Imagens do circuito do prédio mostraram que, num impulso, o aposentado acelerou o veículo e acabou sendo ferido. 

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília


Comentários:
Paulo

Que saudades de tempos em que lia matérias tipo: PM de folga prende assaltante, ou Rotam prende quadrilha com armas e drogas ou ainda: com a ajuda do serviço velado da PM traficantes são presos, Pms prendem armas, drogas traficantes... Que pena não vermos mais essas noticias nos jornais.

Carlos

NÃO ADIANTA CHORAR O LEITE DERRAMADO,BRASILIA ESTA JOGADA AS TRAÇAS.SEM GOVERNO O AGBURRO E A DILMA ESTAM VIBRANDO COM TUDO ISSO,PORQUE EM 5 MESSES VÃO PROMETER O CEU E A TERRA E OS NOS IMBECIS IREMOS VOTAR NELES DE NOVO. E VIVA O PT

Fabio Almeida

Comentaristas Brasileira e Índia do Brasil, me parece a mesma pessoa, com a mesma forma de expressar. O problema não é falta de grana. Senhor Antônio, com certeza você não é nativo de Brasília, eu nasci aqui, e se eu colocar na ponta do lápis, nos últimos 4 anos essas áreas receberam 100 bilhões, enquanto o estádio recebeu 1,4 bilhão. Será que essa grana do estádio melhoraria os serviços públicos? Pura mentira, e vou além, a saúde brasileira melhorou com a CPMF? As estradas brasileiras melhoraram com a CIDE? Detalhe, CPMF e CIDE arrecaram 1 trilhões e nada melhorou.

ANTONIO PIERRI JUNIOR

Desde quando o Brasil foi eleito para realização da Copa 2014, as autoridades sabiam que haveria a necessidade de investimentos fortes na área de turismo, segurança e outros setores. Mas no DF, o que concerne na área de Segurança Pública, não foi feito, há uma grande deficiente de recurso humano. Não foi adicionado ao contingente policial o número suficiente. Há uma defasagem de cerca de 3.000 homens. Isso está sendo sentido nos dias de hoje. Portanto o problema não está em um momento.

Comentarista Brasileira

Entrem em TODOS os sites do GDF: segurança, saúde, etc, acessem 'fale conosco''ouvidoria' e afins e escrevam o quanto estamos indignados com a insegurança do cidadão. Vai resolver? Não sei, mas ficará registrado oficialmente o descontentamento de todos com os serviços 'prestados'.



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