Mariana Niederauer
Publicação: 17/02/2014 06:45
Lucia faz a separação dos resíduos e descarta o material em um supermercado: consciência e educação |
Começa hoje a coleta seletiva de lixo em todas as regiões administrativas do DF. Antes, apenas Lago Norte, Brazlândia, Asa Sul e Asa Norte (quadras 100, 200, 300 e 400) e duas quadras do Lago Sul contavam com o serviço, coordenado pela Secretaria de Limpeza Urbana (SLU).
Agora, um dos
principais desafios será conscientizar a população. Moradores e
condomínios precisam ficar atentos aos horários e à forma correta de
separar os resíduos sólidos.
De acordo com a pesquisa Ciclosoft, de
2012, apenas 8% da população da cidade é atendida pelo sistema de coleta
seletiva, percentual que, em 2002, estava em 20%. O presidente da SLU,
Gastão Ramos, explica que o início da coleta em todas regiões é uma ação
fundamental para fechar o Lixão da Estrutural. Ele acrescenta que o
governo já começou a campanha de conscientização dos moradores.
“Iniciamos a distribuição de panfletos que mostram como separar o lixo
seco do lixo úmido”, explica. No total, serão entregues 1 milhão de
cartilhas até a próxima semana.
Os caminhões da coleta seletiva vão recolher somente os materiais secos (papel, plástico, vidro e alumínio). Já os veículos da coleta convencional, responsáveis por retirar o descarte orgânico — produtos de origem animal e vegetal —, continuarão cumprindo a escala e o itinerário normalmente.
Saiba mais...
Apenas 16% do DF conta com serviço de coleta seletiva do lixo
SLU lança cronograma com rota de caminhões da coleta seletiva no DFOs caminhões da coleta seletiva vão recolher somente os materiais secos (papel, plástico, vidro e alumínio). Já os veículos da coleta convencional, responsáveis por retirar o descarte orgânico — produtos de origem animal e vegetal —, continuarão cumprindo a escala e o itinerário normalmente.
Cesar Victor do Espírito Santo, superintendente
executivo da organização não governamental Fundação Pró-Natureza,
ressalta a importância da participação dos cidadãos no processo.
“É algo
que não depende só de governo, depende da sociedade civil também. Tem
muita gente que não dá importância à coleta seletiva, acha que a rua é
uma lixeira”, alerta.
O condomínio em que a servidora pública aposentada Lucia Alves, 58 anos, mora, no Jardim Botânico, não está na rota da coleta seletiva, pois trata-se de uma área particular. Mesmo assim, Lucia separa todo o lixo por tipo — papel, plástico, metal e vidro — e descarta em um supermercado no Lago Sul.
O condomínio em que a servidora pública aposentada Lucia Alves, 58 anos, mora, no Jardim Botânico, não está na rota da coleta seletiva, pois trata-se de uma área particular. Mesmo assim, Lucia separa todo o lixo por tipo — papel, plástico, metal e vidro — e descarta em um supermercado no Lago Sul.
“Nós reciclamos tudo.
Não é fácil, porque acaba acumulando um pouco até jogarmos fora, e
precisamos fazer um trabalho de educação com as crianças também”,
relata. Os netos dela já aprendem a importância do processo na escola e
colocam em prática na casa da avó.
“Acho que, quando nós fazemos um
pouco, ajudamos no todo. Espero que tenhamos uma geração mais
cuidadosa”, conclui. Os horários da coleta seletiva por região
administrativa estão disponíveis no site.
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