Quem mora ou trabalha na região reclama da insegurança provocada por assaltos constantes, principalmente a partir da virada do ano
Manoela Alcântara
Luiz Calcagno
Publicação: 15/02/2014 08:01- Correio Braziliense
Marcos (de branco), Henrique e Laura trabalham em uma loja de intercâmbio arrombada por assaltantes na 403 Norte: prejuízo de R$ 7 mil |
Comerciantes e moradores da Asa Norte reclamam dos sucessivos assaltos a lojas e a apartamentos. Em um bloco comercial com 12 estabelecimentos, localizado na 403, 10 empresários sofreram com a ação de bandidos nos últimos meses.
No prédio ao lado, o porteiro teve todos os pertences levados na última terça-feira.
A poucos quilômetros do local, na 710, um oficial da Aeronáutica foi esfaqueado na madrugada de ontem. O golpe atingiu o pulmão do jovem de 25 anos. Ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF).
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, em janeiro foram registrados dois roubos em toda a Asa Norte, o que representaria uma queda de 66,7% em comparação com o ano passado.
No entanto, somente nas quadras visitadas pelo Correio, foi possível constatar pelo menos quatro assaltos a lojas no primeiro mês de 2014. Diferença explicada pelo consultor em segurança pública George Felipe Dantas: “Isso acontece por descrença da população em dar queixa e até pelo medo de uma represália do criminoso” ;
Os relatos dos trabalhadores da região são de medo, prejuízos e descrença nas ações das polícias Militar e Civil. As portas de vidro e a decoração, aos poucos, dão lugar às grades. O investimento para intensificar a segurança privada chega a R$ 10 mil e se amplia também com câmeras e alarmes.
A última vítima dos ladrões no Bloco A da 403 foi um estabelecimento de intercâmbio.
O assalto aconteceu na madrugada de quinta-feira. Foram furtados computadores, monitores e lap tops. Além disso, o diretor regional da empresa, Marcos Sisconeto, 32 anos, viu a violência chegar perto da família dele outra vez em 2014.
Tomou uma decisão: vai morar fora do Brasil com a mulher e o filho. “O brigadeiro da Força Aérea Brasileira assassinado em janeiro morava no meu prédio, na 112 Sul. Entrou na garagem 10 minutos depois de mim. Agora, a minha loja foi assaltada. Não é mais seguro viver em Brasília”, conclui.
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