Por Silvana Amaral
A insatisfação
tem levado milhares de pessoas às ruas pedindo desde uma reforma
política até os direitos básicos como saúde, educação e segurança. Mas,
em meios aos atos de vandalismo e violência, surge o questionamento,
quem banca tudo isso?
Durante a manifestação na Praça dos Três Poderes, os trabalhadores derrubaram grades e avançaram sobre o Palácio do Planalto.
Além de ser o centro do poder
político, Brasília tem sido palco de manifestações com repercussão
nacional, que causam transtornos à população. São protestos como a
Marcha das Margaridas, Tratorada, Tarifa Zero, de agentes federais,
policiais militares, médicos, professores, os black blocs, a mais
recente, a do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), entre
outros. Os motivos vão dos discursos inflamados por uma reforma
política, à qualidade nos serviços públicos, passando por melhores
condições de trabalho e salários justos. E o pior: parte deles
financiados com dinheiro público. ...
Reivindicar é um direito legitimo, mas torna-se questionável quando os
motivos são postos à prova por grupos cuja intensão é promover o
vandalismo, a desordem com atos de violência e depredação dos
patrimônios público e privado. Dentro desde contexto, surgem os
questionamento: quem paga a conta? Afinal, para fazer as manifestações,
muito “organizadas” têm um centro de custo. E quem arcará com os
prejuízos?
Alexandre Bernardino, professor da faculdade de Direito da Universidade
de Brasília (UnB), diz que as manifestações políticas por parte de
setores da sociedade são legítimas, pois a liberdade de expressão é um
direito constitucional que deve ser assegurado a todos. E as que são
realizadas em Brasília tendem a causar maior impacto e visibilidade por
ser a capital federal. “Em uma democracia, as manifestações sempre
incomodam, tanto a administração como a população. O que temos de saber é
qual o incômodo que pode ser tolerado”, explica.
De acordo com Alexandre, os poderes públicos devem agir para que os
direitos possam ser exercidos. “Não há um lugar encantado onde os
conflitos não ocorram, onde não haja abuso do direito, seja por parte do
Estado seja por setores da sociedade. Temos que buscar meios para
assegurar a todos seus direitos”, comenta.
Em relação ao financiamento das manifestações, o professor diz que no mínimo, é difuso
Fonte: Jornal da Comunidade - 15/02/2014 - - 11:13:06
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