sábado, 15 de fevereiro de 2014

SOBRE OS CARAS DE PAU

Sábado, 15 de Fevereiro de  2014  | Ano 17 nº 6250


Carlos Chagas 
 
 
Publicado: 15 de fevereiro de 2014 às 7:48          Diario do Poder

Segunda-feira, na festa de aniversário do Partido dos Trabalhadores, a presidente Dilma chamou de “caras de pau” os adversários do PSDB e penduricalhos que criticam seu governo e apregoam estar esgotado o modelo do PT.

Durante a semana o MST transformou uma mobilização pacífica numa guerra campal, no meio da Praça dos Três Poderes. Claro que com a colaboração da Polícia Militar, mas nesse entrevero basta atentar para o saldo de feridos: três sem-terra e vinte e dois policiais.

Pois um dia depois Dilma recebeu uma comissão do MST em seu gabinete, voltando a prometer investimentos para a reforma agrária. Não se falou dos acontecimentos da véspera, muito menos que os sem-terra tentaram invadir o palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal.

Senão dois pesos e duas medidas, pelo menos duas caras de pau. Nem está acabado o modelo do MST de valer-se da força e da provocação, nem esgotada a paciência da presidente em tolerar agravos, desde que venham de setores aliados.

DESCONTENTAMENTO, DESENCANTO, DESILUSÃO E DESESPERO

Assim o senador Cristóvam Buarque classifica as manifestações de rua. Para ele, a economia vai mal, em especial depois do relatório do Banco Central americano que nos coloca em segundo lugar na lista dos países mais vulneráveis. Porque investimentos deixarão de ser feitos aqui, depois desse diagnóstico, piorando o sentimento das ruas.  

Cada vez fica mais evidente o erro da prioridade para estádios de futebol quando ferrovias seriam muito mais necessárias.

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