quarta-feira, 2 de abril de 2014
Aventura no selvagem Congresso no Dia da Mentira
Por Johil Camdeab.Abreu
Salve Jorge: De terno e gravata como manda
o figurino, com uma sacola nas costas cheia de convites para lançamento do meu
E-book UM GRITO CALADO NO AR, cheguei na escadaria que dá acesso ao
Salão Verde da CÂMARA DOS DEPUFEDES às 10 hora da manhã e fui informado que a
SESSÃO DO PRIMEIRO DE ABRIL era solene em repúdio aos 50 ANOS DO GOLPE DE
MILITAR DE 64 e que o acesso às galerias estava vetado.
Frustrado, decidi esperar o término do
bolodoro para fazer o meu trabalho e passei a viver a emoção de ver deputados
passando pertinho, me cumprimentando como se me conhecesse há muito
tempo. Nossa, como são simpáticos! Você encara e é premiado com sorrisinho e um
balançar de cabeça que na minha concepção quer dizer: e aí eleitor otário, tudo
bem?
As dez em ponto, a emoção maior! A chegada
triunfal do Presidente da Câmara sob os holofotes da imprensa com a qual não
falou certamente para não perder a pontualidade e a surpresa do segurança me
informando que o acesso tinha sido liberado, não para as galerias, mas para o
próprio plenário.
Quase me arrebento com a sacola de 25 e
cinco quilos na costa subindo as escadas apressadamente, temeroso de que fosse
uma pegadinha. Não era e aí entendi tudo! Entre manifestantes e deputados não
consegui contar duzentas pessoas o que quer dizer: sem plateia, libera geral!.
O Presidente abriu a sessão após execução
do hino nacional e caiu fora deixando os trabalhos a cargo de um tal de Lembo,
acho que é este o nome, que entregou o microfone para Erundina que começou um
enfadonho discurso. Nesta hora entrei em ação distribuindo os convites para
todos os presentes. Uma baixinha sinistra passou a andar atrás de mim
arrebatando o convite de algumas pessoas e rasgando. Mas para o fundo do
plenário um coroa me encarou e gritou: TORTURADOR!
Daí em diante passei a distribuir os
convites de cinco em cinco colocando nas mesas vazias, muitas!
Erundina falando, Bolsonaro encarando ela e
eu distribuindo.
Quando Erundina estava no final do
discurso, surgiu uma faixa na galeria - SALVE A REVOLUÇÃO DE 1964 – e aí
começou o tumulto com manifestantes exibindo cartazes e gritando ABAIXO A
DITADURA.
Nesta hora tirei paletó e gravata deixando
aparecer a camisa que tinha por baixo com o TENHO UMA BOMBA LITERÁRIA e
gritando ABAIXO A DITADURA PETISTA subi a escadinha de quatro
degraus e distribuí convites para a mesa diretora onde estavam os
picões. Quando desci, a baixinha sinistra (a cara da Erundina) partiu para me
agredir – que medo – sendo contida por um dos deputados PRESENTES. OBRIGADO
EXCELÊNCIA!
Acalmado os ânimos com a retirada das
faixas, os trabalhos foram recomeçados, oportunidade em que caí fora para
espalhar convites por todo o saguão, restaurante, sala do cafezinho,
etc., etc., etc.
No finalzinho, ao ouvir a voz Bolsonaro
voltei ao plenário a tempo de presenciar alguns deputados e manifestantes dando
as costas para ele, oportunidade em que o Presidente da Mesa deu por encerrada
a sessão.
Ufa! Foram tantas emoções!
Resumo da ópera: distribuí os mil convites
que levei e só ontem 235 internautas já baixaram o livro.
Se ficar somente nisso, já terá valido a
pena!
À tarde, voltei lá para uma entrevista para
a AMAZON SAT – a única que me deu atenção – e retornei para a Selva Amazônica,
com a sensação do dever cumprido.
Johil Camdeab.Abreu, Publicitário, é Panfletário Virtual.
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