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Estudar inglês, francês, espanhol, japonês ou alemão sem pagar nada.
Não é à toa que a cada nova abertura de matrículas, os centros Interescolares de Línguas (CILs) espalhados pelo Distrito Federal ficam com enormes filas, formadas por pessoas que buscam uma vaga para aprender um idioma gratuitamente.
Atualmente, 33 mil alunos frequentam as aulas nas oito unidades em várias regiões.
Criado há cerca de 40 anos, o CIL conta com 700 servidores. A grade curricular inclui, além dos idiomas, aulas sobre a cultura de outros países. Neste mês, uma unidade exclusiva foi inaugurada a fim de atender os estudantes da região de Taguatinga. O novo Cilt, que antes funcionava dentro do Cemeit, foi especialmente projetado para receber até oito mil alunos.
De acordo com a coordenadora pedagógica dos CILs, Ana Cristina Chaves, não existe no Brasil nenhuma escola pública e gratuita com essa quantidade de alunos e essa estrutura específica para o aprendizado de outros idiomas. “Nossos alunos são verdadeiras formiguinhas multiplicadoras de sonhos, de autoestima, que têm a oportunidade de se tornarem cidadãos do mundo”, afirmou.
Viagem
Como exemplo disso, 126 estudantes viajaram a Washington (EUA), por meio do programa Brasília Sem Fronteiras. Entre 28 de outubro e 24 de novembro de 2013 eles fizeram, na Universidade de Georgetown, o curso de Inovação com Imersão em Cultura e História Americana. Os jovens brasilienses participaram de aulas sobre os direitos civis americanos e de inglês avançado. E, na volta, alguns deles conseguiram emprego graças a essa capacitação. Outros 750 selecionados embarcarão até o fim do ano.
Segundo a coordenadora pedagógica, esse intercâmbio muda a perspectiva não só dos alunos beneficiados, mas de toda sua comunidade.
Semestres
Os alunos da rede pública podem começar a aprender outro idioma a partir do 6º ano do Ensino Fundamental, com aulas oferecidas nos três turnos, com duração de uma hora meia, duas vezes na semana. A formação de 14 semestres passa pelas etapas juvenil, básica, intermediária e avançada, concluída ao final do Ensino Médio.
Curso de formação
Os docentes participaram do curso de formação continuada em universidades americanas sobre ensino e aprendizagem de língua inglesa, oral e escrita, para aplicação em sala de aula, com duração de seis semanas. O intercâmbio é patrocinado pela embaixada americana, que arca com todos os custos, por meio do Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores de Língua Inglesa (PDPI).
Experiência
A professora de inglês Cintia Lobo, do CIL de Ceilândia, mostrou-se bastante satisfeita com a oportunidade: "Esse programa foi uma grande oportunidade de aprimorar meus conhecimentos, aprender mais sobre didática no ensino da língua estrangeira e conhecer de perto a cultura americana. Pela primeira vez tive o prazer de estudar com professores nativos. Isso vou levar para o resto da vida", disse.
Grupo de voluntários para a Copa
Os CILs estão preparando sua equipe de voluntários, com idades a
partir dos 18 anos, para atuar durante a Copa do Mundo, por meio da
parceria entre o GDF, o Programa Brasil Voluntário e o Ministério do
Esporte, com certificação da Universidade de Brasília. Eles já deverão
entrar em ação em 7 de maio.
De acordo com Ana Cristina Chaves, o projeto de voluntariado Gol de
Educação, supervisionado por ela, começou em 2010 e ganhou o
reconhecimento oficial do GDF. Hoje, entre 400 e 500 estudantes recebem
orientações sobre cultura, comportamento pessoal e de torcedores,
segurança, história das copas, entre outros temas, com foco nos países
que participam de grandes eventos desportivos.
No Mundial, os voluntários estarão na Fan Fest, no Taguapark, em
Taguatinga, no Parque da Cidade (local de estacionamento do novo Mané
Garrincha), setores hoteleiros Norte e Sul, Torre de TV, aeroporto e
nos Centros de Atendimento ao Turista (CATs) da Praça dos Três Poderes,
aeroporto e da Rodoviária Interestadual de Brasília.
No último dia 20, cerca de 40 alunos e professores participaram de
visita guiada ao Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.
NCIL
Nos últimos dois anos, os CILs ganharam o Núcleo de Centros
Interescolares de Línguas do DF (NCIL), que promove a articulação das
ações comuns entre os CILs, viabiliza as parcerias (com secretarias do
GDF e embaixadas), principalmente para colocar em prática os programas,
como o Brasília Sem Fronteiras, e os sugeridos pelas representações
diplomáticas e demais secretarias de Estado, além de outras ações
culturais, sociais, educacionais e desportivas internacionais.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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