Apesar de comentarem nos bastidores que a ligação do nome de Alexandre Padilha às investigações da Operação Lava Jato representam um baque ao ex-ministro, petistas afirmam que a ordem é evitar declarações que sinalizem que o partido pretenda "rifar" seu candidato ao governo de São Paulo.
Nas conversas internas do partido, o discurso é que a situação é contornável caso não surja nenhum dado novo que possa atingir a imagem de Padilha.
No Planalto, assessores avaliam que as suspeitas da Polícia Federal são fracas, sem nenhum indício concreto que possa inviabilizar a candidatura do petista em São Paulo.
Jorge Araújo/Folhapress | ||
O ex-ministro da Saúde e pré-candidato ao governo Paulista Alexandre Padilha, durante entrevista |
Em outra frente, a ordem é afastar a presidente Dilma de qualquer debate e polêmica relacionados aos escândalos envolvendo o doleiro Alberto Youssef e suas conexões com petistas.
Segundo assessores presidenciais, a estratégia é manter o caso longe do Planalto e passar a imagem de que o governo segue seu ritmo normal de administração.
Desse objetivo decorre a orientação interna de manter o atual ritmo intenso de viagens da presidente, visitando entre dois e três Estados por semana, uma recomendação do ex-presidente Lula para Dilma sair do noticiário negativo relacionado à Petrobras, uma crise que teve origem no próprio Planalto.
O debate com a oposição, segundo assessores presidenciais, deve ser travado por líderes petistas e, quando envolver diretamente o governo, por ministros.
A presidente, do seu lado, pode até tocar nesses assuntos em suas viagens, mas sempre buscando mostrar que não atingem nem paralisam o governo.
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