Viana falou em “preconceito racial” e em um suposto “processo de higienização”, referindo-se à “elite paulista” e aos “bacanas” de São Paulo.
O Acre tem sido um dos destinos de haitianos desesperados com a falta de oportunidades no país mais pobre da América Latina, que ficou ainda pior depois do grande terremoto de 2010.
A secretária de Justiça do Estado de São Paulo, Eloisa Arruda, diante do problema social representado por quase mil cidadãos do Haiti que chegaram à capital em poucos dias, chamou de “irresponsável” o procedimento do governo de Tião Viana ao financiar a vinda dos refugiados econômicos.
É um absurdo Tião Viana querer fazer política contra o governo tucano de São Paulo e, na verdade, agredir o maior Estado da Federação.
Quem é a “elite” paulista? Serão os 900 mil baianos que residem só na capital paulista?
Quem são os “bacanas”? Os milhões de nordestinos estabelecidos em São Paulo, cujo número é superior à população de vários Estados do Nordeste?
Quem são os “racistas”? Alguém entre os cerca de 46% de pardos e negros que vivem no Estado?
Viana, ao pretender obter vantagens políticas com suas declarações absurdas e infelizes, agride, na verdade, um Estado com 43,6 milhões de habitantes, construído com o ingente trabalho de migrantes vindo de TODOS os Estados brasileiros, e seus descendentes, e de imigrantes e seus descendentes provenientes de 120 diferentes países, raças, cores e culturas.
O governo de São Paulo apenas reagiu à solução fácil encontrada por Tião Viana sem qualquer aviso prévio para que houvesse preparativos para abrigar os asilados econômicos: chegou haitiano no Acre? Manda para São Paulo — a gente paga a passagem e se livra do “problema”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário