sábado, 26 de abril de 2014

Reequipamento das Forças Armadas é “herança maldita” para próximo/a presidente

25/04/2014
às 16:40 \ Política & Cia

Ricardo Setti VEJA


A fragata “Liberal” (F43), da Marinha: segurança dos campos de pré-sal exigem 345 dias de patrulhamento — mas só há dinheiro para 15 dias (Foto: Marinha do Brasil)


Sim, sem dúvida a presidente Dilma Rousseff tomou uma decisão importante e crucial, que vinha sendo adiada há mais de uma década, quando em dezembro finalmente bateu o martelo sobre a compra de 36 caças supersônicos Saab Gripen Ng, de fabricação sueca, dando finalmente passo decisivo para o programa FX-2 de atualização do equipamento da Força Aérea Brasileira.


Os caças custarão 4,5 bilhões de dólares.

O problema de falta de equipamentos minimamente atualizados nas Forças Armadas, porém, persiste, apesar de compras realizadas recentemente pelo Exército de fuzis e blindados modernos. Houve a expressiva compra de 9 mil veículos novos de vários tipos entre 2012 e 2013.

Ocorre, contudo, que segundo depoimento feito há algum tempo no Senado pelo secretário-geral do Ministério da Defesa, Ari Matos Cardoso, há alguns problemas gritantes cuja solução estará a cargo do próximo governo, seja quem for a ou o presidente da República. Matos informou, por exemplo, que a segurança dos campos de petróleo de pré-sal exigem que a Marinha realize patrulhamento 365 dias por ano — mas a atual verba disponível para isso é suficiente para 15 dias.



Matos Cardoso: problemas de equipamento na Marinha e na Força Aérea (Foto: Agência Força Aérea/Sgt. Batista)



Na Força Aérea Brasileira, que terá sua capacidade de defesa avançada muito em dia com os Gripen — cuja primeira unidade, porém, só será entregue em 2018 –, o secretário-geral informou que, de 624 aeronaves com capacidade operacional, há nada menos do que 346 paradas por falta de manutenção adequada, o que inclui reposição de peças.

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