quarta-feira, 23 de abril de 2014

Favelas, são favelas, nada mais que favelas. Só erradicando.

quarta-feira, 23 de abril de 2014


Faz algum tempo, eu comecei a escrever um artigo sobre favelas - mais um - motivado por um alemão porralouca que se diz urbanista, que declarou ser a favela o grande exemplo de urbanismo do século a ser seguido. Mas eu desisti e apaguei o escrito, por isso não lembro nem mais do nome do chucrute.

Em função da balbúrdia de ontem feita pelos moradores do Cantagalo, Pavão e Pavãozinho, quebrando tudo, ateando fogo em carros e disparando rajadas de balas traçantes por causa da morte de um morador, dançarino que trabalha com Regina Casé, a musa dos favelados e divulgadora dos seus hábitos e costumes tão, digamos, edificantes, eu resolvi recomeçar.

Voltando a 2007, no tempo do Cesar Maia, esteve aqui no Rio Christian Werthmann, um professor da pós-graduação em Arquitetura na Universidade de Harvard que dirigia um projeto para estudo das favelas das Américas do Sul e Central. O sujeito conheceu cinco favelas, de onde tirou centenas de fotos, cruzou com traficantes de drogas armados, conversou com moradores, arquitetos da prefeitura e percorreu becos e ruelas para ver se os projetos descritos nos livros do Favela-Bairro, projeto lançado pela prefeitura do Rio em 2000 funcionavam e saiu “impressionado com o que poderia ser feito”.

Na favela, o professor se disse espantado com a “estética do puxadinho” e elogiou as soluções para construção de calçadas e caminhos. “A favela, como bairro, é muito melhor do que a Barra da Tijuca. Tem algo errado num bairro que, sendo daquele jeito, sem conexão dos prédios com a rua, tem tantos problemas sociais. Miami ainda é melhor. Lá os prédios são mais próximos” disse ele.

Então vamos lá. Que esses porraloucas me digam aonde está “o grande exemplo de urbanismo do século a ser seguido”, quais são “as soluções para construção de calçadas e caminhos” tão elogiadas e, “o que pode ser feito” nas favelas que “impressionou” tanto o professor Werthmann, por exemplo, na Rocinha, que tem 38 mil “imóveis” e apresenta as seguintes características:



• apenas em 7,5% das ruas passam carros;

• a maioria dos acessos se dá através de becos (34%) e escadarias (33%);

• só 30,1% dos moradores recebem correspondências em casa;

• 35,8% dos imóveis surgiram do ano 2000 para cá;

• são 34.465 imóveis domiciliares e 3.564 não-domiciliares (55,6% de casas contra 36,7% de apartamentos);

• 61,8% dos imóveis domiciliares são próprios;

• 32,2% dos imóveis domiciliares têm telefones fixos;

• o abastecimento de água é feito pela rede oficial em 90,6% dos logradouros;

• 86% dos domicílios estão oficialmente ligados à rede geral de esgoto;

• a maioria dos empreendedores ou empresas é informal (91,1%);

• 6.508 empresas ou empreendedores, dos quais apenas 8,1% são formais (pagam impostos).

Oficialmente são 100 mil habitantes (para mim tem mais) em menos de um quilômetro quadrado. Quer dizer, a Rocinha tem uma densidade populacional sete vezes maior que a de Tóquio (14.400 hab/km2) com uma infra-estrutura zimbabuense.
Só podem ser uns brincalhões!

A imoralidade do aluguel 

A cidade do Rio de Janeiro tem a quantidade absurda 1.243 favelas! Os últimos dados percentuais disponíveis indicam que 20% da população da cidade vive nelas. Considerando que há 6 milhões de habitantes na cidade, temos 1,2 milhão de favelados (se considerarmos a áera metropolitana são 2,4 milhões). Não há como precisar quantos deles moram em imóveis alugados, mas estima-se que na Rocinha, por exemplo, sejam 30%. 

A tolerância que se deve ter com uma favela é exatamente a necessidade dos pobres terem um lugar para morar, já que o poder público, assim como faz em todas as outras áreas de atendimento à população, não dá a mínima para a questão habitacional. Não faz o menor sentido alguém tomar posse de um bem alheio e usá-lo para obter lucro. Isso é ilegal, imoral, desumano e, pelo visto, as autoridades não estão nem aí para o problema. Há favelados espertinhos que fizeram fortuna se apropriando de terrenos públicos ou de terceiros, construindo e alugando ou mesmo vendendo o que não é seu.  Na Rocinha, por exemplo, há muitos desses e todos os moradores de lá sabem quem são. Há prédios de até oito andares por lá!

Como a presença política sempre se limita às trocas de favores – vota em mim que eu te deixo sossegado – a perspectiva que se tem é que esse percentual aumente, já que os políticos não estão nem aí para dar educação ao povo, nem no sentido da cidadania, para fazer saber ao povo o que lhes é de direito.

Se eu tivesse tendências terroristas, aconselharia aos favelados que pagam aluguéis a tomarem na marra o que lhes é de direito moral e formal em vez de ficarem fazendo protestos violentos, cujos atingidos são sempre quem não tem nada a ver com isso.

Erradicação de favelas: babau.

Depois que favela virou “comunidade” não há a menor perspectiva da sua erradicação. Além desse eufemismo que tem por objetivo transformar pocilgas em algo palatável, pelo menos literariamente, por falta de educação cívica, não há o menor interesse dos seus habitantes em trocar uma vida miserável, mas isenta de qualquer tipo de ônus financeiro, por outra em que eles, para adquirirem o status de cidadãos, vão ter que pagar pela água, pela energia, pelo solo e pela TV a cabo, entre outras coisas que hoje são cobradas em dobro dos moradores do “asfalto”, para compensar as perdas de arrecadação causadas por esses roubos de bens públicos.

Igualmente desinteressados, os políticos fazem vista grossa para todos esses problemas exatamente porque seria como mexer em um vespeiro, já que não há o interesse do favelado em melhorar de vida. Quem arriscar a remoção de uma favela nunca mais vai ter os votos dos “removidos”, por melhores que sejam as novas condições de vida dessa gente. É um problema de falta de educação do favelado e de falta de vontade de políticos vagabundos que só pensam em dinheiro e votos.

As remoções de favelas também esbarram em um problema de uma cidade onde o sistema de transportes é absolutamente inviável. O Rio não tem a mínima infraestrutura nesse sentido, além da sua própria topografia não ajudar muito. É claro que isso não seria um problema hoje se os governos que se sucedem há mais de 30 anos não fossem exemplarmente péssimos, como ainda continuam sendo, tanto na cidade e como no estado. A “geração Brizola” que sucede o próprio até hoje só fez continuar o trabalho de destruição do Estado que ele iniciou. É impressionante, mas é verdade: à exceção de Moreira Franco, todos os outros governantes do estado e da cidade do Rio de Janeiro são crias políticas do caudilho ou crias dessas crias.

Em tudo e por tudo, a falta do poder público nas favelas durante tanto tempo não nos permite vislumbrar nenhum futuro no sentido da sua erradicação. 

Favelados serão sempre favelados

Virou moda dizer que nas favelas a maioria é gente de bem, gente decente, têm sua família bem constituída e que são verdadeiros cidadãos exemplares. Isso não passa da mais deslavada mentira. As favelas são habitadas, quase que na sua totalidade, por criminosos.
Por que o espanto? Por acaso os favelados pagam o que devem pela energia que consomem? Pela água que usam? Pelo esgoto que produzem? Pela TV a cabo que assistem? Pelos terrenos que ocupam? E o IPTU? É muito fácil usar eufemismos para tentar justificar a criminalidade, mas a verdade é que sonegação, roubo de energia e água ou apropriação indébita (no caso da TV a cabo) são crimes e quem os pratica nada mais são que criminosos.

Se alguém quiser discutir como eles chegaram a tal ponto e como fazer sua reintegração à sociedade é em outro departamento. Aliás, é coisa bem simples. A resposta para as duas discussões chama-se desgovernos. Populistas sem escrúpulos, tais como os atuais desgovernos, criaram mecanismos aos montes que, tanto facilitaram a explosão demográfica dos marginais, quanto hoje impedem sua extinção pela adaptação aos padrões normais que regem a vida de um cidadão. Quem vai achar graça em ter que pagar tanta coisa quando é óbvio que nem assim sua vida vai melhorar porque não há políticas públicas? 

O exemplo está na cara de quem quiser ver, com a classe média escorchada por impostos, além de ter que pagar por segurança, saúde, educação e transporte decente.

Favelados serão sempre favelados, e não comunidades, até que alguém os obrigue a se submeter às mesmas leis que são submetidos os cidadãos convencionais. Cada vez mais me espanta o crescimento de uma sociedade amoral, onde o crime é incentivado, desde que proporcione uma falsa noção de bem-estar aos beneficiados por ele. O que se vê hoje no Rio de Janeiro não são mais os marginais aqui e ali, mas sim verdadeiros exércitos de criminosos paridos pela completa ausência do poder público. E já não é mais privilégio das favelas a criação de marginais, mas os que vêm de fora, das classes mais abastadas, encontram nelas o terreno fértil onde podem difundir seus métodos, talvez mais sofisticados, e ter abrigo tranqüilo, sem a verdadeira Lei por perto.

É urgente que alguma medida drástica seja tomada por quem de direito para que se restabeleçam os direitos dos cidadãos de bem. Se for inevitável o uso da força, que se use a força enquanto nossas instituições mantenedoras da ordem pública ainda estejam mais capacitadas do que os criminosos, mas sem esquecer da infra-estrutura necessária para que se prolongue indeterminadamente a tranquilidade e, principalmente, da reeducação moral e social dos atingidos pelas medidas. O que não se pode mais admitir é que nossos direitos mais elementares sejam violados sistematicamente, sem que nossos governantes – que se refugiam em seus palácios, andam com guarda-costas e movem-se em carros blindados – tomem sequer conhecimento do perigo, quanto mais providências.

Não há esperança que alguma coisa mude nesse sentido, pelo menos nos próximos anos. Pelo contrário: com toda essa tendência imbecilizante de apadrinhar os pobres e transformá-los em mendigos oficiais, cada vez mais a mentalidade fora-da-lei vai se disseminando enquanto aumenta a revolta dos que pagam para sustentar um governo de pústulas. Com tantos preconceitos sociais e de raça criados pelo governo petralha e seus sequazes, cada vez mais aumenta a tendência a vivermos um “apartheid” institucionalizado.

Só isso seria motivo para se dizer “fora PT”, mas, se quiserem, podem somar uma fieira interminável de crimes cometidos por essa corja.
 

2 comentários:




  1. ... favelados sempre serão favelados, nem que seja por costume
B I N G O !!! - Não há esperança que alguma coisa mude nesse sentido, pelo menos nos próximos anos - o estrago, provocado pela Politicanalha de "dar com a Mão e Tirar com as Duas", está muito grande!. Com esta "arte", a manutenção do Antagonismo, andam bem os "Negócios"; garantem retorno em Votos só com Promessas e com as Transferência dos fundos públicos aos bolsos dos escolhidos.

Para se ter uma ideia basta investigar - fica como sugestão ao MP e a Polícia Federal - as Ligações entre políticos e empresas de Taxi no Rj e SP, quantas autonomias são criadas, quantas são distribuidas a taxistas particulares, quantas são "reservadas" a empresas e quantas autonomias "voltam" para que se formem novas e, Quem são os Donos das Novas. O mesmo se dá com as empresas de Ônibus; quantas linhas são licitadas, "distribuidas" e Quem(s) toma posse delas após os mandatos.

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