23/04/2014 15h42
- Atualizado em
23/04/2014 17h15
PMDB vai se coligar ao PT, que tem como pré-candidato Pimentel.
Senador afirmou que aliança é necessária para eleger parlamentares.
O senador Clésio Andrade.
Em nota, o senador afirmou ter tomado a decisão por se preocupar com as eleições de seus amigos parlamentares, deputados estaduais e federais, que necessitam da aliança entre os dois partidos para se reelegerem. Procurados pelo G1, representantes do senador não quiseram comentar se a decisão está relacionada ao julgamento do mensalão tucano. Clésio Andrade é um dos réus do processo e será julgado pelo Supremo Tribunal Federal.
De acordo com o Ministério Público, o esquema desviou recursos públicos para a campanha eleitoral de Eduardo Azeredo, do PSDB, em 1998.
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O secretário geral do PMDB e deputado estadual Sávio Souza Cruz disse
que o deputado federal e presidente do PMDB Antônio de Andrade é o
pré-candidato a vice-governador ao lado de Pimentel. Para o Senado, a
chapa deverá anunciar o empresário Josué Gomes, filho do
ex-vice-presidente José de Alencar. “A aliança une forças pra um
objetivo comum que é chegar ao governo de Minas e levar uma
representação de Minas ao Senado. São nossos propósitos maiores. São os
dois maiores partidos mineiros e brasileiros, então há um significado
muito grande”, disse.Mensalão tucano
De acordo com o Ministério Público, no esquema do mensalão tucano, empresas públicas de Minas Gerais usaram como justificativa eventos esportivos para desviar recursos para a SMP&B, empresa de Marcos Valério. Alguns dos eventos foram o Campeonato Mundial de Supercross Etapa Brasil 1999/2000, o Iron Biker – O Desafio das Montanhas, e o Enduro Internacional da Independência.
Estes eventos foram usados como pretexto para que as estatais Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig), Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e o extinto Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) repassassem verba para a agência de publicidade de Marcos Valério e dos dois ex-sócios. Este dinheiro seria usado “clandestinamente” à campanha de reeleição de Azeredo ao governo de Minas. Conforme a denúncia, a estimativa é de R$ 3,5 milhões desviados – R$ 9,3 milhões em valores atualizados.
Quinze pessoas foram denunciadas, dentre elas, Eduardo Azeredo (PSDB), que renunciou ao mandato de deputado-federal em fevereiro deste ano, o senador Clésio Andrade e o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia, que teve o processo prescrito em janeiro deste ano ao completar 70 anos.
O processo do senador Clésio Andrade permanece no Supremo Tribunal Federal (STF), pelo foro privilegiado. Os demais, nove pessoas atualmente, serão julgados pela Justiça Mineira, inclusive o ex-deputado Eduardo Azeredo, que perdeu o foro ao renunciar.
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