A revista Época está nas bancas com mais uma denúncia demolidora
contra a Petrobras, fruto da apreensão de 36 pen drives no apartamento
do ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa,
recentemente libertado por Teori Zavascky. Este ministro do STF foi
indicado por Dilma que, como todos sabem, era presidente do Conselho de
Administração da companhia quando lá aconteceram os maiores escândalos.
Época, em matéria de Diego Escosteguy analisou
apenas um dos casos em que Paulo Roberto Costa, através de "laranjas",
recebia propina para fechar contratos. A empresa envolvida é uma gigante
da logística global, a Maersk. O "laranja" neste contrato, segundo a
revista, era Wanderley Gandra. E não era apenas um parceiro de negócios.
Gandra jogava buraco em mesas organizadas por Paulo Roberto. Eram
amigos. Pelo
contrato, uma empresa ligada à Maersk se comprometia a pagar a comissão
de
1,25% a Gandra, por carga transportada no navio DS Performer. Outros
1,25%
deveriam ser pagos à Maersk do Brasil, subsidiária da empresa
dinamarquesa. Nos
anos seguintes, contratos semelhantes foram fechados.
Como justificativa para o recebimento de comissões, Gandra declarou à
revista que a intermediação de contratos da Petrobras com a Maersk é
uma “coisa perfeita, absolutamente normal”. “O que tem de errado? A
empresa
paga todos os impostos.” Ele disse ter sido o responsável por trazer a
Maersk
para o Brasil. “Expliquei que o Brasil tinha potencial muito grande.”
Segundo reportagem publicada na
Revista Exame em abril de 2013, a Maersk completou 100 anos de
atividades no Brasil. Lá está que a empresa investiu U$ 2,2 bilhões para
construir 16 navios. Justamente os navios que a Petrobras contrata,
pagando propina para mais um "laranja" do ex-diretor da Petrobras.
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