Diante dos
comunicados disparados por diversos países recomendando atenção com a
segurança dos torcedores durante a Copa do Mundo, o ministro José
Eduardo Cardoso convocou jornalistas estrangeiros para uma coletiva
nesta sexta-feira na tentativa de tranquilizar a situação. Cardoso
minimizou os recentes protestos e garantiu que as forças de segurança
estão preparadas para eventuais problemas.
"A nossa sensação é que elas
(manifestações) terão uma dimensão menor do que aconteceu em junho (do
ano passado). Agora, nós estamos preparados, sinceramente falando, para
qualquer situação que porventura ocorra”, afirmou.
Cardozo teve de se dobrar para explicar a
diferença entre os protestos do ano passado e os que eclodiram nas
últimas semanas. Segundo o ministro, as manifestações que tomaram as
ruas durante a Copa das Confederações tinham como nascedouro a
insatisfação com os rumos do País. Agora, ainda na opinião do ministro,
os protestos são localizados, especialmente em categorias profissionais
que aproveitam a Copa para cobrar reajustes salariais.
Indagado por um jornalista espanhol sobre
a violência policial, que também foi notícia no exterior, José Eduardo
Cardozo disse que os protestos são legítimos, mas que não se pode
concordar com abusos de nenhum das partes. Ele garantiu ainda que o
governo federal tem discutido com as secretarias estaduais de segurança
pública ações que possam evitar a repetição das cenas.
"Discutimos com as secretarias de
Segurança Pública dos Estados procedimentos que possam evitar que
situações como essas ocorram. Nós aprendemos com aquela lição e sabemos
que as forças policiais estão mais treinadas para atuar e também impedir
que abusos policiais ocorram", disse.
Ao lado do ministro da Defesa, Celso
Amorim, Cardozo também comentou sobre a possibilidade de protestos por
causa de conflitos em outros países, algo comum durante a realização de
eventos internacionais. O ministro disse que o Brasil está preparado
para eventuais problemas com torcidas estrangeiras e destacou a vinda de
policiais estrangeiros para auxiliar e acompanhar os policiais
brasileiros dentro dos estádios.
"Estamos
preparados para protestos e situações internacionais que possam
acontecer. Teremos policiais de outros países presentes. Eu queria dizer
que o Brasil, do ponto de vista da segurança, está perfeitamente
preparado para proteger os seus cidadãos e os estrangeiros que virão
para a Copa”, afirmou.
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