17/05/2014 21h38
- Atualizado em
17/05/2014 22h27
Cerca de 120 familiares de detentos estão impedidos de deixar o presídio.
Quatro agentes penitenciários permanecem reféns em rebelião em Aracaju.
Cerca de 120 familiares de detentos (de azul) estão impedidos de deixar o presídio
“Os familiares não são considerados reféns apesar de estarem impedidos de sair da unidade. Na verdade eles são potenciais reféns porque muitos podem estar lá para proteger os parentes presos. Também não acreditamos que os detentos fossem machucar suas próprias famílias. Já os agentes penitenciários são chamados de reféns porque estão sendo ameaçados enquanto estão lá dentro”, explica o comandante-geral da Polícia Militar de Sergipe, Maurício Iunes.
saiba mais
- Detentos do presídio de segurança máxima fazem quatro reféns em SE
- Visitas continuam suspensas em presídios de Sergipe
- Déficit carcerário chega 1,8 mil vagas e novas cadeias estão em obras em SE
- Rebelião em penitenciária de SE chega ao fim após 26 horas
- Rebelião em complexo penitenciário de SE está sendo negociada, diz SSP
- Mulheres reclamam de excessos durante as revistas em presídio de SE
Os reféns foram rendidos nos final do horário para a entrada da visitação, no momento em que um deles fechava a Ala D. Outros dois agentes conseguiram escapar da abordagem. A ação rápida dos policiais impediu que a rebelião se estendesse pelas outras três alas do Compajaf.
O líder do movimento exigiu a presença da imprensa e um repórter cinematográfico da TV Sergipe, afiliada da Rede Globo, juntamente com outros colegas de profissão entraram na unidade para registrarem a situação. Nas imagens, familiares e detentos aparecem em aparente tranquilidade. Os rebelados também pedem a transferência de alguns presos da unidade, além de melhores condições de tratamento e menos regras para a entrada das visitas.
Detentos se aproximam da grade para conversar com negociadores
Do lado de fora do Compajaf, a polícia delimitou um espaço de segurança para que outros parentes não se aproximem com complexo penitenciário. Durante a espera por notícias no local, o clima é de tensão.
No presídio, que é considerado de segurança máxima, existem cerca de 480 presos por vários crimes como homicídios, latrocínios, estupros, roubos, estelionato, entre outros. A unidade não está superlotada. A última grande rebelião no local foi há dois anos e durou cerca de 26 horas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário