sexta-feira, 9 de maio de 2014

Oposição decide sepultar CPI que governo apoia - governo age para enterrar CPI apoiada pela OPOSIÇÃO. Conclusão: não se investiga PETROBRAS nem p ... nenhumanada



Governo e oposição boicotam CPIs da Petrobras

Partidos evitam indicar nomes para que prevaleçam investigações pelas quais têm preferência 

A queda de braço entre PT e oposição sobre a CPI da Petrobras pode levar o início das investigações para as vésperas da Copa do Mundo. Os petistas se recusam a apresentar seus integrantes para a CPI Mista, composta por senadores e deputados, de forma que prevaleça a comissão no Senado, onde o governo tem maioria confiável. Senadores da oposição, por sua vez, não indicam nomes à CPI exclusiva do Senado para forçar a instalação da comissão mista, onde avaliam ter mais chances de superar a blindagem do Planalto.

O comando do PSDB já prepara uma contraofensiva à CPI Mista do Metrô de São Paulo, criada ontem na sessão do Congresso. O presidenciável Aécio Neves (MG) e o líder do partido no Senado, Aloysio Nunes (SP), levantaram casos que indicariam possibilidade de cartel em obras do governo federal com a Alstom. Ontem, um dia após a sessão em que o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), determinou que os partidos indiquem os participantes da CPI Mista da Petrobras, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou que o PT não fará a indicação até que Renan se pronuncie sobre a questão de ordem apresentada pelo partido, relativa à prevalência da CPI do Senado sobre a mista, pelo fato de seus trâmites terem se iniciado antes. Não há data prevista para a resposta. — A CPI do Senado já poderia estar funcionando, a oposição não teve responsabilidade com o Congresso. Nós não vamos indicar para a CPI Mista porque fizemos uma questão de ordem, e somente a partir da resposta do presidente Renan é que o PT vai se reunir para tomar providências — disse Gleisi.

Aloysio Nunes reafirmou que a oposição não indicará os nomes para a CPI do Senado, em “protesto político”. Terminou ontem o prazo de cinco sessões para que o líder tucano apresentasse os integrantes da CPI, mas, como isso não foi feito, o presidente do Senado tem um período de três sessões para fazer ele mesmo as indicações. — Não tem cabimento isso, é uma coisa absolutamente ridícula: uma CPI no Senado e outra no Congresso para o mesmo assunto e as mesmas questões — alegou Aloysio.

No contra-ataque da oposição na CPI da Alstom, Aloysio apresentou dados de 2012 sobre licitações para compra de trens dos metrôs de Porto Alegre e de Belo Horizonte, promovidas por empresa do governo federal, nas quais apenas um consórcio, formado por Alstom e CAF, apresentou-se.
Existe indício mais evidente de uma combinação do que essa? O Cade detectou indícios fortes e abriu investigação de cartéis e mais outros empreendimentos levados a efeito pelo governo federal, no Metrô do Recife e no Metrô do Distrito Federal. Então vamos examinar todos os cartéis apontados pelo Cade afirmou o líder do PSDB.

Aécio endossou a disposição de Aloysio: — Se essas investigações ocorrerem, já virão com atraso de alguns anos. Mas, se vierem, naturalmente vão derivar para outros cartéis que, eventualmente, possam ter sido formados no Brasil.

Nenhum comentário: