Diminuiu a chance de a presidente Dilma Rousseff vencer no primeiro turno a eleição de 5 de outubro. Uma das principais razões foi o crescimento das intenções de voto do pré-candidato do PSDB, o senador Aécio Neves (MG).
Segundo o Datafolha, no cenário mais provável a petista teria hoje 37% das intenções de voto e os outros candidatos estariam com 38%, somados. É uma situação de empate técnico, pois a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento do Datafolha foi feito ontem e anteontem com 2.844 entrevistas, em 174 municípios do país.
Apesar de ter variado na margem de erro, a curva de Dilma
não é estável. Ela tem recuado gradualmente nos levantamentos do Datafolha
--enquanto seus dois principais rivais estão em ascensão.
No cenário hoje mais provável para a disputa de outubro,
liderado por Dilma com 37%, o segundo colocado é Aécio, com 20%. Ele tinha 16%
no início de abril. O tucano ganhou quatro pontos e apresentou a maior variação
entre todos os candidatos.
O terceiro colocado é Eduardo Campos (PSB), que registrou
11% agora e também apresenta curva ascendente, sempre dentro da margem de erro
--tinha 10% em abril e 9% em fevereiro. O pessebista é conhecido muito bem ou
um pouco por 25% dos eleitores. Essa taxa é de 86% para Dilma e de 42% para
Aécio.
Segundo o Datafolha, 16% dos entrevistados dizem que
votariam hoje em branco, nulo ou em nenhum dos candidatos. Outros 8% declaram
que ainda estão indecisos.
Dilma e o PT fizeram um esforço nos últimos dias para
estancar sua perda de popularidade e frear o movimento pela volta do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato a presidente.
Segundo o Datafolha, 58% dos eleitores acham que Lula
deveria ser o candidato do PT. Entre os que declaram preferência pelo partido,
75% dizem preferir Lula como candidato nas eleições deste ano.
Embora a variação de suas intenções de voto tenha sido
negativa, Dilma ficou dentro da margem de erro da pesquisa. A aprovação ao
governo (soma de quem acha o governo "ótimo" ou "bom") hoje
é de 35%. Há um mês, era 36%.
Um aspecto positivo para a presidente é que as expectativas
econômicas dos eleitores pararam de deteriorar. Mas continuou a crescer o anseio do eleitorado por mudanças.
Hoje, 74% dos eleitores dizem querer mudanças na forma como o país é governado.
Para 38%, Lula é o mais preparado para fazer essas mudanças. Dilma foi citada
por 15%. Ela tinha 16% há um mês e 19% em fevereiro.
Aécio e Campos melhoraram seu desempenho de fevereiro para
cá. Há cerca de dois meses, o tucano era apontado como o mais preparado para
fazer mudanças por 10% dos eleitores. Agora, 19% pensam assim. Campos era
apontado por 5% e agora tem a simpatia de 10%.
O bloco dos nanicos é liderado por um ex-apoiador do PT e de
Dilma, o candidato Pastor Everaldo (PSC), que tem 3% das intenções de voto e
está empatado tecnicamente com os outros nanicos. Eduardo Jorge (PV), José Maria (PSTU), Denise Abreu (PEN) e
Randolfe Rodrigues (PSOL) registraram 1% cada um. Eymael (PSDC), Levy Fidelix
(PRTB) e Mauro Iasi (PCB) tiveram menos de 1%. (Folha de São Paulo)
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