sexta-feira, 9 de maio de 2014

Treze acidentes com motociclistas na manhã desta sexta-feira (9)

Até fevereiro, o Detran-DF registrou 22 mortes envolvendo motocicletas. Especialista alerta sobre os riscos
 
Jéssica Lília
jessica.brito@jornaldebrasilia.com.br


Além de parecer sem fim, o trânsito está cada vez mais perigoso no Distrito Federal. Até as 9h desta sexta-feira (9), foram registrados nove acidentes em Taguatinga e quatro no Plano Piloto, , segundo o Corpo de Bombeiros, dificultando o tráfego em diversas vias da capital.


Por volta das 8h, um motociclista que vinha no corredor na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB) bateu em um carro. 

Um caminhão, que estava na faixa ao lado, não viu o rapaz e quase o atropelou. "O ambiente do trânsito é estruturalmente pensado para veículo de quatro rodas", aponta o especialista em trânsito Paulo César Marques da Silva. "Quem anda de moto se esquiva e circula por corredores impróprios para se adaptarem ao ambiente", explica Marques.  "Isso faz com que eles tenham um comportamento irresponsável", completa. 


O especialista alerta que esse risco na conduta dos motociclistas facilita para que acidentes envolvendo motocicletas sejam mais frequentes. No entanto, segundo César não há um código que proíba a circulação de motociclistas pelos corredores. Até fevereiro deste ano, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran) registrou 18 motociclistas mortos nas vias do DF. 

Motivos variados

Paulo atribui as causas de acidentes à vários motivos. "Diversos fatores podem contribuir para um mal trânsito: a engenharia, a construção do ambiente de circulação, a educação e conduta dos motoristas no trânsito e as normas de fiscalização, que precisam serem respeitadas e cumpridas”, enfatiza. Essas são as principais frentes que é preciso trabalhar. 

Motociclistas devem manter uma atenção maior ao trânsito. A consequência para esse condutor sofrer por conta do acidente é mais grave do que um condutor de um carro, por exemplo. "A vulnerabilidade dos condutores de moto é uma questão frágil. A queda do veículo, em si, já é um acidente. Eles estão expostos à acidentes o tempo todo porque ele está sobre o veículo, diferente do carros, que possuem um 'escudo', ou a lataria, para proteger o motorista." 

Por questão de segurança, o especialista recomenda certas medidas a serem tomadas. "Todo cuidado é pouco. Um aspecto decisivo para a segurança do motociclista é a visibilidade. É necessário que ele se faça aparecer e faça questão de ser visto, acompanhando o fluxo de trânsito, não andar se esquivando e sempre escondido, pois esses cortes dificultam a percepção pelos motoristas de outros tipos de veículo. Uma questão de conduta e atitude precavida". 

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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