O Planalto se torna a mão que balança o berço da desordem
Quase
500 ônibus depredados no Rio de Janeiro. É o saldo de uma ação
organizada por uma ala dissidente do Sindicato dos Motoristas e
Cobradores de Ônibus, liderada por sujeito ligado a Anthony Garotinho,
que contou com o apoio dos black blocs, de partidos de extrema esquerda e
de outros desocupados da cidade, cuja tarefa é, na sua cabeça
perturbada ao menos, “libertar os oprimidos”, não sem antes transformar a
sua vida num inferno.
É claro
que se trata de uma manipulação política absurda, escancarada,
arreganhada, sem medo de parecer o que é. A confusão é do interesse
objetivo de Garotinho, ainda que ele possa dizer que não comanda as
vontades de seu aliado. Os extremistas de esquerda sempre acharam — é
histórico — que o caos é seu aliado. É assim que eles entendem a
política, e não há muito o que fazer a respeito. A teoria revolucionária
leninista sempre acha que esses movimentos, que a turma avalia como
“disruptivos”, fazem avançar a luta.
O nome
disso? É claro que é impunidade. Atenção! Algo da mesma natureza
aconteceu em São Paulo, ficando apenas alguns graus abaixo do que se viu
no Rio. O MST (Movimento dos Sem Terra) e o MTST (Movimento dos
Trabalhadores Sem Teto) promoveram a invasão e a pichação da sede de
empreiteiras. Tudo com a brutalidade de sempre. E o que fez a presidente
Dilma, que estava na capital paulista para inaugurar o inacabado
Itaquerão? Ora, marcou um papinho com os líderes da baderna.
Se, para
falar com a presidente, ou é preciso ser magnata ou é preciso sair por
aí botando pra quebrar, então por que não botar pra quebrar? Já deu
certo com o MST em Brasília e agora em São Paulo, em companhia dos
“sedizentes” sem-teto, que sem-teto não são.
Se o crime
passa a compensar e a ser uma forma de chegar perto da presidente da
República, apresentando-lhe pessoalmente as reivindicações, é claro que
se tonará um método consagrado de ação política.
Na
segunda-feira, está previsto o início de mais uma greve política, aí sob
o comando inequívoco do PSOL: dos professores das redes municipal e
estadual do Rio. Acusam, de forma confusa, o não cumprimento de acordos
firmados pelo Estado e pela Prefeitura. Ainda voltarei a esse assunto,
mas fica claro que estão forçando a barra porque o período, as vésperas
da Copa do Mundo, é convidativo.
Dilma não vai falar com eles também? E se saírem por aí quebrando e pichando tudo? Aí rola um papinho?
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