sábado, 31 de maio de 2014

UMA BARBARIDADE INDESCRITÍVEL: RITUAL SATÂNICO NA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE DE RIO DAS OSTRAS TEVE ATÉ MUTILAÇÃO GENITAL.



Nos meus mais de 40 anos de jornalismo nunca vi nada igual. E não tenho sequer ânimo para analisar e comentar a festa diabólica que aconteceu num curso da Universidade Federal Fluminense em Rio das Ostras. Também não há nem condições de reproduzir as fotos desse festejo, dito "performance", envolvendo rituais em que ocorreram mutilação de genitais. Uma coisa impressionante!

Penso, honestamente, que a maioria dos brasileiros de bem rejeita essas barbaridades. E indago, por qual razão estão transformando as universidades brasileiras numa completa esculhambação? Que futuro terá o Brasil, quando das instituições de ensino servem de palco para todos os tipos de iniquidades inimagináveis?, quando deveriam ser um local de paz, tranquilidade, respeito e educação.

Estes episódios nefastos têm de ser debatidos pela Oposição durante esta campanha eleitoral. Os brasileiros precisam ficar muito cientes desses fatos. Se as instituições de ensino estão completamente anarquizadas, estamos diante de uma situação muito perigosa. 

Enfim, não há palavras para definir o que houve na UFF e o que está havendo no Brasil em termos de violência e estupidez. A reportagem do site de O Globo dá uma ideia precisa do que ocorreu na UFF de Rio das Ostras. Leiam:

A administração central da Universidade Federal Fluminense (UFF) vai investigar denúncias envolvendo um evento realizado pelo curso de Produção Cultural da instituição em Rio das Ostras, na última quarta-feira. 

De acordo as denúncias, baseadas em fotos e informações de alguns alunos nas redes sociais, o evento, chamado Xereca Satanik, começou com uma espécie de performance e terminou com várias pessoas nuas e uma mulher tendo a vagina costurada por outra.

A UFF informa que a instituição ainda está se inteirando dos fatos para “tomar as providências necessárias e esclarecer tudo o que aconteceu no campus de Rio das Ostras”. A universidade ainda afirmou, via assessoria de imprensa, que uma comissão será montada para apurar os fatos, no entanto, sem especificar se ainda nesta sexta-feira ou na próxima semana. “A administração central da UFF só vai se posicionar depois que a comissão apurar os fatos”, informou a assessoria.

No Facebook, foi criado um evento convidando para a “Festa de Confraternização do Seminário Corpo e Resistência e 2º Seminário de Investigação e Criação do Grupo de Pesquisas Cultura e Cidade”. 

A página da festa ainda mostra que foram 2,2 mil pessoas convidadas e 324 confirmadas. Em certo trecho da descrição do evento, os organizadores anunciam “o que vai rolar”: “Pegação, fetiches, destruição, paganismo, bruxaria, lama ao caos” entre várias outras citações, inclusive, irônicas, como “não vai ter copa”. Na mesma págína, numa conversa entre os organizadores e pessoas que teriam participado da festa, a informação é de que as fotos que registram o evento “foram denunciadas” e retiradas.

Uma fonte da universidade, ouvida pelo Globo, que preferiu não se identificar, disse que tudo não passou de uma atividade performática da disciplina de Produção Cultural. Segundo essa fonte, as pessoas nuas que se apresentavam fazem parte de um grupo teatral da cidade mineira de Juiz de Fora, e que alunos da UFF não se despiram ou sofreram agressão. 

A informação é de que houve reclamações sobre o conteúdo e o teor moral da performance, mas que nenhum aluno teria sido obrigado a participar da “encenação” ou violentado, como chegou a ser ventilado nas redes sociais.
De acordo com a fonte ouvida pelo jornal, alguns alunos podem ter se sentido ofendidos de ver as cenas fortes da “performance”.

- Não foi uma festa, como chegaram a dizer, foi um seminário que durou todo o dia 28 de maio - afirma. - Se é arte aquilo, se é cultura, se é legal ou não, não sei dizer, mas ninguém entre os alunos da UFF sofreu agressão. Do site do jornal O Globo

Um comentário:

Anônimo disse...

No dia em que aconteceu o evento que o jornalista afirma ser 'barbaridade', foi um dia de palestras e o tema central era O Corpo e a Resistência. Não participei do evento, apesar do convite, mas é mais que óbvio que o corpo ao final provaria ser uma grande arma de resistência. Resistente aos consecutivos casos de estupro que são banalizados e chegam aos ouvidos das pessoas na mesa de jantar, como se não fosse uma completa 'barbaridade' uma pessoa ser violentada. As pessoas estão apáticas. Os veículos de comunicação estão repletos de tragédias e violência. Ninguém se comove mais, tudo é normal. O estupro é corriqueiro, é natural. Deve ser mesmo o short curto. Deve ser a 'pedido' da vítima. O que aconteceu na UFF foi uma performance sim! E muito bem executada pelas pessoas que se expuseram para mostrar para todos os pais de família pedófilos e violentadores de suas esposas (porém religiosos) que a sociedade é uma mentira controlada por quem tem poder de manipular a opinião de gente burra por escolha. Porque ignorante já virou eufemismo. É burrice mesmo! A proposta era causar tanta repulsa, tanta indignação, ódio e desconforto quanto deveríamos sentir em questões que já não damos mais importância. Os jornais estão noticiando detalhes que foram lidos no Facebook, as pessoas perderam a noção de responsabilidade jornalistica. A fonte já não importa mais, vender opinião é o mais lucrativo e sempre foi. As pessoas falam em ritual satânico por terem usado um crânio humano, teoricamente real. Afinal não existe nada tão sobrenatural e diabólico quando um crânio humano, não é verdade? Ninguém pensa mais, nós compartilhamos e 'damos like'. O ódio e a desinformação se espalham de timeline em timeline. Como disse, e complemento, o principal objetivo da arte, seja ela de qualquer natureza, é provocar o questionamento. Então por favor, comecem questionando-se!