Campos e Dilma em visita política à refinaria Abreu e Lima.
A Justiça federal aceitou pedido
da defesa do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e autorizou que o
presidenciável Eduardo Campos (PSB) e o ex-ministro da Integração Nacional
Fernando Bezerra - que concorre ao Senado pelo PSB pernambucano - prestem
depoimento na condição de testemunhas, com objetivo de esclarecer os motivos
que levaram ao aumento do valor da obra da refinaria Abreu e Lima, em
Pernambuco.
Eles deverão ser ouvidos no âmbito do processo criminal decorrente
da operação Lava-Jato, ação deflagrada pela Polícia Federal (PF) em março deste
ano, que identificou e estancou esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e
evasão de divisas com vista à obtenção de contratos milionários em órgãos do
governo federal. Mais de R$ 10 bilhões foram movimentados, segundo a
investigação.
A decisão é do juiz Sergio Moro,
da 13ª Vara Criminal da Justiça Federal do Paraná, que lembrou a dificuldade de
ouvir ambos em período de campanha eleitoral.
Moro também ressaltou que o
processo da Lava-Jato não apura superfaturamento na Abreu e Lima: "Mas sim
a suposta lavagem de dinheiro no fluxo de numerário da Petrobras até os
depósitos na empresa MO Consultoria, conforme descrição na denúncia."
Segundo a investigação da PF, a MO Consultoria seria uma fachada para negócios
ilegais do doleiro Alberto Youssef, preso desde o início da investigação. (Valor)
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