quinta-feira, 24 de julho de 2014

Campos vira testemunha do ex-diretor da Petrobras preso na operação Lava-Jato.


Campos e Dilma em visita política à refinaria Abreu e Lima.

A Justiça federal aceitou pedido da defesa do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e autorizou que o presidenciável Eduardo Campos (PSB) e o ex-ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra - que concorre ao Senado pelo PSB pernambucano - prestem depoimento na condição de testemunhas, com objetivo de esclarecer os motivos que levaram ao aumento do valor da obra da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. 

Eles deverão ser ouvidos no âmbito do processo criminal decorrente da operação Lava-Jato, ação deflagrada pela Polícia Federal (PF) em março deste ano, que identificou e estancou esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas com vista à obtenção de contratos milionários em órgãos do governo federal. Mais de R$ 10 bilhões foram movimentados, segundo a investigação.

A decisão é do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Criminal da Justiça Federal do Paraná, que lembrou a dificuldade de ouvir ambos em período de campanha eleitoral.

Moro também ressaltou que o processo da Lava-Jato não apura superfaturamento na Abreu e Lima: "Mas sim a suposta lavagem de dinheiro no fluxo de numerário da Petrobras até os depósitos na empresa MO Consultoria, conforme descrição na denúncia." Segundo a investigação da PF, a MO Consultoria seria uma fachada para negócios ilegais do doleiro Alberto Youssef, preso desde o início da investigação. (Valor)
 

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