quinta-feira, 24 de julho de 2014

Eliza Samudio está enterrada perto de aeroporto em MG, diz primo de Bruno


Alex de Jesus/ O Tempo/ AE


Do UOL, em Belo Horizonte


  • Reprodução
    Jorge Rosa Sales, primo do goleiro Bruno, durante entrevista ao "Fantástico, da TV Globo, em 2013 Jorge Rosa Sales, primo do goleiro Bruno, durante entrevista ao "Fantástico, da TV Globo, em 2013


Jorge Rosa Sales, 21, primo do goleiro Bruno Fernandes, que foi condenado a 22 anos de prisão pela morte da sua ex-amante Eliza Samudio, disse que o corpo da mulher foi enterrado nas proximidades do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, situado na cidade de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte. O crime ocorreu em 2010 e o corpo da modelo nunca foi localizado.

"Ela foi assassinada e enrolada em um lençol e colocada dentro de um saco plástico preto e enterrada em um buraco bem fundo escavado com trator em uma chácarazinha perto do aeroporto de Belo Horizonte", referindo-se ao aeroporto de Confins.

A declaração foi dada em entrevista veiculada nesta quinta-feira (24) ao programa Haroldo de Andrade, da Rádio Tupi, do Rio de Janeiro.

Advogados de defesa que atuaram no caso se manifestaram contra as declarações de Sales. Eles disseram que o primo de Bruno "busca holofotes" e seria "mentiroso".
Sales, que era menor de idade na época do crime, foi condenado e cumpriu medida socioeducativa em Minas Gerais por ter sido considerado culpado no sumiço de Eliza. 


Ele foi solto em setembro de 2012.


Segundo Sales, o corpo foi levado ao local dentro de uma EcoEsport e ele teria ajudado a jogar terra na cova. "Eu sei chegar ao local. Eu sei ir certo porque observo bastante", disse.

Segundo ele, o local exato onde o corpo está enterrado tem como referência um coqueiro.

"Tem um pé de coqueiro, só tem esse coqueiro lá dentro. É um pé de coqueiro grande. Mesmo se não tiver esse pé, eu sei onde está", afirmou. "Assim que você entra nesse sitiozinho, [a cova] é no meio desse terreno", afirmou.
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O caso Bruno em fotos

 

28.ago.2013 - Wemerson Marques de Souza (esquerda) e Elenílson Vitor da Silva, acusados de sequestrar e manter em cárcere privado o filho de Eliza Samudio, morta em 2010, com o ex-goleiro Bruno Fernandes, são fotografados antes do início do julgamento no Fórum de Contagem (MG), na manhã desta quarta-feira (28). Após o sorteio dos jurados, a sessão precisou ser suspensa porque uma testemunha de defesa não compareceu ao Tribunal Cristiane Mattos/Futura Press
Questionado por que só agora quis revelar o fato, o primo do goleiro afirmou que o caso ainda "mexia muito" com sua cabeça.


O rapaz foi acusado pela polícia de ter presenciado a morte de Eliza Samudio na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado como o assassino da moça. O imóvel fica na cidade de Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte.

O primo do goleiro buscou, na entrevista, isentar Bruno de ter tido participação ou conhecimento da morte de Eliza, e evidenciou que a trama teria sido feita por Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, com o auxílio de Bola.

Ambos foram condenados pela morte de Eliza e atualmente cumprem pena em regime fechado em prisões de Minas Gerais.

Sales mudou, durante a fase de investigação e julgamento, as versões sobre o crime e atribuiu isso ao advogado de defesa dele.

"Foi muita pressão em cima de mim. Ele [o advogado] pedia para fazer essas coisas. Fui criando uma história em cima da outra", afirmou.

Questionado se não teria como interceder para que Eliza não fosse assassinada, Sales afirmou que temeu ser morto por Bola.

Delegado vai pedir cópia de entrevista

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Minas Gerais, o delegado Wagner Pinto, chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informou que irá solicitar à Rádio Tupi o envio da entrevista feita.

Ainda conforme o setor, após verificado o conteúdo das informações, Sales poderá ser convocado a prestar esclarecimentos à polícia mineira, ou ainda buscas no local indicado pelo primo do ex-goleiro poderão ser determinadas pelo delegado.



Versão da polícia para morte de Eliza: o caso Bruno em quadrinhos


Rio de Janeiro - Investigações da Polícia Civil de Minas Gerais concluíram que o goleiro Bruno Souza está envolvido na morte da ex-namorada, Eliza Samudio. Segundo o inquérito, ele nunca aceitou pagar pensão ao bebê que era dele. Por isso, propôs um acordo para atraí-la ao cárcere privado e depois, à morte. O atleta nega as acusações. Entenda que provas a polícia tem contra o goleiro nos quadrinhos a seguir Leia mais Ilustrações: evision Reportagem: Rosanne D'Agostino

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