Jorge Oliveira
Publicado: 15 de julho de 2014 às 21:34 - Atualizado às 1:36
Brasília – Eduardo Campos está indo para o altar sem a
noiva. Gostaria que ela chegasse à igreja vestida de vermelha, mas o
pai da moça, o carrancudo Lula, não permitiu. Agora, na dissidência,
candidato a presidente, ele tentar reatar os laços com o Lula, elogiando
o seu governo e descascando a administração da Dilma que considera
corrupta e desastrada, como se pudesse desassociar um do outro. Durante
os quase oito anos no governo de Pernambuco apoiando os petistas só
agora Campos descobre que o governo da Dilma é corrupto: “As raposas”
que já roubaram o país estão nos ministérios e nas agências
reguladoras”, acusou ele num debate da Folha de S. Paulo.
O ex-governador de Pernambuco, com pouco menos de dois minutos de programa, acha que pode ir para o segundo turno das eleições. E se chegar lá, pela sua estratégia, quer contar com o apoio do amigo Lula. Considera, portanto, que a Dilma estaria fora do páreo e que seu adversário seria Aécio Neves. Em eleição tudo é possível, uma escorregadela é o suficiente para tirar o favoritismo de qualquer candidato. Mas a julgar pelos últimos pronunciamentos de Eduardo Campos, o candidato ainda não encontrou o mote da campanha, está vazio de discurso e de proposta. Faz uma campanha arrastada e, como uma metralhadora giratória, aponta para todos os lados: tenta alvejar o Aécio e a Dilma, mas livra a cara de Lula procurando atrair os eleitores simpatizantes do ex-presidente que desaprovam a administração da sua companheira, campeã em rejeição. Engana-se. O PT não quer entregar o poder e o Lula, para permanecer mandando, vai arregaçar as mangas e caminhar junto com a presidente na reeleição.
Eduardo Campos, como já disse aqui, comeu mosca na arrumação da sua candidatura a presidente. Preocupou-se demais em trazer Marina Silva para o seu lado e deixou as alianças que viabilizariam seus programas na TV e no rádio. Marina não deslanchou, virou um estorvo, prejudicou as coalizões no país e agora tenta suavizar a campanha nas caminhadas com o candidato mostrando-se simpática e risonha. Além disso, a companhia de Marina tira o apoio da igreja católica do candidato que não gostaria de ver subir ao altar um representante dos evangélicos que disputam palmo a palmo os cordeiros de Deus.
A cúpula evangélica considera Marina uma ovelha desgarrada. Não à toa, eles escolheram o pastor Everaldo, do Partido Social Cristão (PSC), para representá-los. Na última semana vários segmentos dos crentes fizeram uma reunião para fechar em bloco o apoio a Everaldo. Com isso, eles decidem que Marina Silva não os representam, recado que será repassado nos cultos de todas os templos evangélicos do país. Eduardo Campos perde, assim, o apoio dos católicos e dos evangélicos. E em um país, onde os mais pobres ainda vivem da fé, doutrinados por padres e pastores, o efeito dessas mensagens é devastador.
O ex-governador de Pernambuco, com pouco menos de dois minutos de programa, acha que pode ir para o segundo turno das eleições. E se chegar lá, pela sua estratégia, quer contar com o apoio do amigo Lula. Considera, portanto, que a Dilma estaria fora do páreo e que seu adversário seria Aécio Neves. Em eleição tudo é possível, uma escorregadela é o suficiente para tirar o favoritismo de qualquer candidato. Mas a julgar pelos últimos pronunciamentos de Eduardo Campos, o candidato ainda não encontrou o mote da campanha, está vazio de discurso e de proposta. Faz uma campanha arrastada e, como uma metralhadora giratória, aponta para todos os lados: tenta alvejar o Aécio e a Dilma, mas livra a cara de Lula procurando atrair os eleitores simpatizantes do ex-presidente que desaprovam a administração da sua companheira, campeã em rejeição. Engana-se. O PT não quer entregar o poder e o Lula, para permanecer mandando, vai arregaçar as mangas e caminhar junto com a presidente na reeleição.
Eduardo Campos, como já disse aqui, comeu mosca na arrumação da sua candidatura a presidente. Preocupou-se demais em trazer Marina Silva para o seu lado e deixou as alianças que viabilizariam seus programas na TV e no rádio. Marina não deslanchou, virou um estorvo, prejudicou as coalizões no país e agora tenta suavizar a campanha nas caminhadas com o candidato mostrando-se simpática e risonha. Além disso, a companhia de Marina tira o apoio da igreja católica do candidato que não gostaria de ver subir ao altar um representante dos evangélicos que disputam palmo a palmo os cordeiros de Deus.
A cúpula evangélica considera Marina uma ovelha desgarrada. Não à toa, eles escolheram o pastor Everaldo, do Partido Social Cristão (PSC), para representá-los. Na última semana vários segmentos dos crentes fizeram uma reunião para fechar em bloco o apoio a Everaldo. Com isso, eles decidem que Marina Silva não os representam, recado que será repassado nos cultos de todas os templos evangélicos do país. Eduardo Campos perde, assim, o apoio dos católicos e dos evangélicos. E em um país, onde os mais pobres ainda vivem da fé, doutrinados por padres e pastores, o efeito dessas mensagens é devastador.
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