quinta-feira, 24 de julho de 2014

Crise econômica enterra reeleição de Dilma. Em 90 dias, CNI reduz previsão de crescimento do PIB de 1,8% para 1,0%. E o PIB industrial de 1,7% para (-)0,5%.


A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reduziu sua projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2013 para 1%. A previsão anterior, divulgada em abril deste ano, era de crescimento de 1,8%. Já a projeção para o PIB da indústria neste ano é de retração, passando de 1,7%, para -0,5%.

A informação consta do “Informe Conjuntural Trimestral”, divulgado nesta quinta-feira pela entidade. “As causas da forte desaceleração da atividade industrial são várias e decorrem mais do ambiente doméstico que da economia mundial”, diz nota da instituição.

O cenário projetado pela CNI para 2013 considera uma queda do investimento, medido pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), de 2%, ante alta de 2,5% estimada na última divulgação. O consumo das famílias deve crescer outros 1,5%, de acordo com a CNI. No último informe conjuntural, a projeção era de 1,7%.

A entidade manteve a projeção de que a taxa básica de juros deve encerrar 2014 em 11%, atual patamar. Com isso, a CNI vê uma inflação acima do teto da meta em 2014. A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) agora é de 6,6%, ante 6,4% estimados anteriormente. Sobre a balança comercial do país, o Informe Conjuntural da CNI do segundo trimestre manteve a projeção de saldo positivo em US$ 1,5 bilhão.

A CNI também se mostrou pessimista quanto às contas públicas. Segundo a entidade, o setor público consolidado deve fechar o ano com superávit primário de 1,5% do PIB. O número projetado no último informe era 1,8% do PIB. (Valor Econômico)
 

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