raphael.costa@jornaldebrasilia.com.br
Assim como as demais cidades regularizadas, Santa Maria conta com rede de esgoto. Na Quadra 118, porém, o mau cheiro denuncia o problema: uma tubulação danificada libera os dejetos para a rua, passando por toda a calçada e formando várias poças. Tudo isso bem ao lado de uma creche e de uma parada de ônibus.
O filho da empregada doméstica Glicia de Jesus, 33 anos, é atendido pela creche, e ela teme pela saúde da criança de dois anos. “Eu venho buscá-lo e fico aqui no ponto de ônibus. Nós dois ficamos expostos a esse perigo”, conta.
De acordo com ela, para piorar, “os carros que passam na rua acabam espirrando o esgoto em quem está na parada ou passando na calçada. É muito ruim”.
Sem solução
Segundo a dona de casa Carolynne Beatriz, 25 anos, o problema é recorrente. “Nós já reclamamos com a Caesb. Eles vieram, arrumaram, mas em pouco tempo o problema retorna”, conta a mãe de duas crianças que também estudam na creche.
Como se não bastasse o mau cheiro, outro problema se origina do esgoto a céu aberto, conforme relata a repositora de mercado Maria da Glória de 45 anos: “A presença dos ratos aqui é constante. Enquanto espero pelo ônibus vejo vários, principalmente mais à noite”.
Já o pintor Jeffrei Alves da Silva, 57 anos, conta que a situação piora em dias de chuva. “Quem está na parada de ônibus não tem para onde fugir. A água do esgoto acaba nos atingindo. O risco de contrairmos uma doença é enorme”, diz.
Procurada pela reportagem, a Administração de Santa Maria informou que apenas encaminha a demanda à Caesb. A companhia, por sua vez, garantiu que mandará uma equipe verificar e solucionar o problema. A Caesb alega ainda que na grande maioria dos casos o problema ocorre por mau uso da rede, quando os cidadãos despejam lixo na tubulação.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
Nenhum comentário:
Postar um comentário