domingo, 13 de julho de 2014

Brasil visto de fora.Reportagens da imprensa internacional.

  • Em carta aberta a Neymar, inglês elogia o Brasil: ‘Nação apaixonada por futebol’


    Telegraph"Querido Neymar, os visitantes de seu país se sentem como se estivessem se intrometendo num sofrimento privado.


    O Brasil parece estar de luto depois dos danos, dos ferimentos cruelmente calculados e cinicamente causados pela Alemanha na Seleção, e a destruição da autoestima de um país tão orgulhoso de seu próprio futebol.


    Para aumentar essa tristeza, uma multidão de argentinos agora pipoca pelas ruas do Rio na direção do Maracanã, entoando 'na sua casa, na sua cara'."

    Assim começa a longa carta aberta a Neymar que Henry Winter, correspondente no Brasil do 'Telegraph', publicou neste sábado (12) no site do jornal britânico.


    Ao longo de 16 parágrafos, o repórter tenta consolar o craque brasileiro. Recorre a clichês: "O sol nem sempre brilha, mesmo para aqueles que já ganharam cinco Copas do Mundo".


    E também recorre a elogios, ainda que para isso tenha de se voltar ao passado: descreve com precisão e entusiasmo ("que habilidade!", "pobres italianos!") a jogada do gol de Carlos Alberto na final de 1970. 
     
     
    Também aplaude a comemoração "nana, neném" de Bebeto em 1994 e cita Ronaldo em 2002 (leia o texto completo, em inglês).

    Mesmo a equipe de 1982, que não levou o título, é celebrada: "Nós também nos perguntamos como aquele time de Sócrates, Zico e Falcão, que teve seus dons registrados num filme exibido no Rio no sábado, nunca ganhou uma Copa do Mundo. Às vezes, o sol é encoberto por uma nuvem".

    Winter reforça, o tempo todo, a ideia de que o Brasil "é uma nação apaixonada pelo futebol", de que "a força do futebol aqui está por todo canto", de que "o futebol está na boca de todo mundo, na vida de todo mundo".
     
    Chega a mencionar que viu "três policiais abandonarem uma ronda na praia para assistir ao jogo num restaurante de frutos do mar no Rio".

    Por fim, o jornalista defende a noção de que "Copas do Mundo podem esconder muitas manchas" e de que "torneios são um romance de verão, algumas semanas de emoções fugazes, raramente duradouras". "Assim como a paixão do Brasil pela Seleção, os problemas são profundos", compara.

    Ao se dirigir novamente ao jogador brasileiro, Winter conclui: "Neymar, seu país é imperfeito e louco. Mas a lembrança que muitos de nós (...) vamos levar é do quão especial o Brasil é. 
     
     
    Aventar qualquer generalização sobre uma nação tão diversificada e enorme é complicado, e ingênuo, mas alguns traços comuns pode ser mencionados, como a humanidade e a simpatia de seu povo e o vício em futebol, os altos e baixos.


    Nós, ingleses, inventamos e codificamos o futebol, Neymar, mas os brasileiros o reinventaram com aquele time de 1970 e lembraram neste ‘verão’ do quanto o futebol domina vidas. Então, aproveite toda essa emoção que circula pelo seu país, reconstrua o time, e vá novamente em busca da gloriosa Copa do Mundo. Boa sorte".


  • por G1

    'Wall Street Journal' diz que Maracanã é 'amaldiçoado'

    O palco da final da Copa do Mundo no Brasil, o estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, foi tema de reportagem do site do jornal americano "The Wall Street Journal". (leia a reportagem, em inglês)


    O título da reportagem diz que mesmo após o investimento de 500 mil dólares, o estádio do Maracanã continua "amaldiçoado." Segundo o texto, mais de 74 mil torcedores são esperados neste domingo (13) para assistir a disputa entre Alemanha e Argentina, e os brasileiros vão ficar imaginando com teria sido se o país tivesse se classificado. 
     
    A Seleção Brasileira não disputou nenhuma partida no Maracanã e só passaria no estádio carioca, se fosse para jogar a final.


    O "The Wall Street Journal" lembra que o Maracanã foi inaugurado em 1950, ano em que o Brasil sediou o Copa pela primeira vez, e perdeu a final para o Uruguai, episódio que ficou conhecido como Maracanazo.


    A reportagem diz que o Maracanã é um ícone nacional e um dos estádios mais famosos do mundo, que foi reformado três vezes desde 2000. A reforma mais recente, para a Copa e Olimpíadas, custou 500 mil dólares, segundo o jornal. O "The Wall Street Journal" lembra, ainda, que o local sediou o milésimo gol de Pelé, shows de grandes cantores internacionais como Madonna, Kiss e Frank Sinatra, além de uma missa rezada pelo papa João Paulo II. 



    The Wal Street Journal conta a história do Maracanã
  • por G1

    Best-seller inglês Nick Hornby critica nível técnico da Copa e o futebol do Brasil

    Nick Hornby
     
    O best-seller inglês Nick Hornby, conhecido por seu fanatismo pelo futebol (ele é autor do livro “Febre de bola”), publicou nesta sexta-feira (11) um artigo sobre a Copa do Mundo no site da emissora ESPN americana. 


    No texto, o escritor diz que no geral as partidas foram “medíocres e ocasionalmente bastante deprimentes” e dá destaque ao jogo Brasil x Alemanha, comparando a uma caça à raposa.

    Na opinião dele, a disputa “proporcionou 30 minutos que estão entre os mais extraordinários já vistos por fãs de futebol – e por fãs de qualquer esporte”. “Sei de algumas pessoas que não conseguiram suportar continuar assistindo e saíram da sala porque estavam se contorcendo. 


    O jogo Brasil x Alemanha estava mais para uma caça à raposa – a parte em que a raposa é despedaçada, não a parte supostamente divertida da caçada.”

    Em seguida, o escritor reforça: “E era o Brasil que estava tendo a carne arrancada do corpo; o Brasil, que, para muitas gerações de torcedores, é a razão de nós assistirmos a Copa do Mundo, em primeiro lugar” (leia o texto original, em inglês).


    Hornby, também conhecido por livros como “Alta fidelidade”, “Um grande garoto” e “Uma longa queda”, todos adaptados para o cinema, se lembra ainda da época em que os jogadores brasileiros eram desconhecidos na Europa. Isso, porque faziam toda a carreira em seu país de origem. Cita Pelé no Santos, Zico no Flamengo, Eder no Atlético Mineiro. 

    “Eles faziam coisas que nunca tínhamos visto”, diz. “Esses dias acabaram – todos os melhores brasileiros agora jogam na Europa –, e os nomes na escalação da seleção soam não apenas familiares, mas desinteressantes. Alguns dos jogadores já sabíamos serem ineptos. Ineptos brasileiros, jogando a Copa do Mundo, no Brasil!”

    O autor completa: “O que aconteceu na terça-feira à noite foi um colapso nervoso televisionado e o fim de uma longa era que começou nos anos 1950: ninguém vai olhar para o futebol brasileiro do mesmo modo por um longo, longo tempo”. 

    Por fim, Hornby revela torcer por uma vitória da Alemanha sobre a Argentina na final. “Se os alemães jogarem como têm feito e ganharem a Copa do Mundo no domingo, então a glória será deles e esta Copa do Mundo terá valido a pena, conforme nos dizem os especialistas que tomam drinks na praia de Copacabana”, conclui. 

    No princípio do artigo, ele havia brincado que ao menos os “jornalistas e especialistas de TV” têm insistido que “a Copa foi maravilhosa – a melhor, na lembrança de todos, cheia de drama, emoção, estrelas e gols incríveis”.


     “Mas esses especialistas estão todos bronzeados, tranquilos e são frequentemente filmados sentados ao redor de uma mesa perto da praia. Não dá para duvidar de que todos eles aproveitaram incrivelmente. 

    Seus anfitriões foram generosos e calorosos, e de qualquer maneira houve uma atmosfera festiva em cada cidade. Mas e o resto de nós, que podemos apenas julgar da poltrona de casa, diante da TV?” A resposta não foi muito otimista.
  • por G1

    Jornais argentinos destacam altos preços de ingresso da final da Copa

    Jornal Clarín fez reportagem sobre o alto custo dos ingressos para a final da Copa 

    Os jornais argentinos destacaram nesta sexta-feira (11) o alto preço das entradas para assistir a final da Copa do Mundo, no Maracanã, no Rio de Janeiro, no próximo domingo, quando jogam Argentina e Alemanha.


    A reportagem do “La Nacion” começa com a pergunta: “o que você faria com 100 mil pesos? (em torno de 27 mil reais)” Segundo o jornal, este é o preço médio da entrada vendida para a partida final do Mundial. Ainda, de acordo com a reportagem, existem sites que comercializam o ingresso por um valor ainda maior, 129 mil pesos (cerca de 35 mil reais).


     E em solo carioca, o preço que era de 484 dólares (em torno de 1 mil reais) no início da competição, chega entre 1 mil e 4 mil dólares, de acordo com o texto. (leia a reportagem, em espanhol)

    Apesar do alto custo do ingresso, “La Nacion” diz que a Aerolíneas Argentina triplicou o número de voos para o Rio. 


    A estimativa é de que entre hoje e amanhã voem para o Brasil 4 mil argentinos que não tinham comprado a passagem antes de saber que seu time chegaria à final.

    O jornal “Clarín” diz que o ingresso para a final não sai por menos de 115 mil pesos (em torno de 31 mil reais) e que os fãs mais fanáticos chegam a oferecer até carros para ver Messi e companhia ao vivo. Para o “Clarín”, uma coisa é certa: o Rio de Janeiro será novamente invadido pelos argentinos. (leia a reportagem, em espanhol)
    La Nacion destaca alto preço dos ingressos para a final da Copa

  • por G1

    Brasileiras 'comemoram' grande presença de homens estrangeiros, diz agência

    Foto da Agência AP mostra brasileira e argentino dançando na Fan Fest de Copacabanda, no Rio
    Reportagem da agência Associated Press divulgada por sites como os dos jornais "Daily Mail", inglês, e "New York Post", americano, diz que as mulheres brasileiras têm aproveitado bem a grande quantidade de visitantes estrangeiros durante a Copa.
    "A inundação de fãs de futebol estrangeiros -- em sua imensa maioria homens -- nas últimas três semanas tem sido benéfica para as mulheres solteiras do Brasil, onde um desequilíbrio demográfico faz com que elas superem os homens em mais de quatro milhões de pessoas." diz o texto.

    A reportagem conta a história de uma jovem de 22 anos que vai à Fan Fest do Rio com o objetivo de conhecer estrangeiros e cita mulheres que elogiam o comportamento dos turistas. 
     
     
    Segundo elas, os visitantes em geral têm uma abordagem mais gentil e menos agressiva na hora de paquerar do que os brasileiros. A língua também não tem sido uma barreira, segundo elas.

    "Eles respeitam as mulheres e não chegam forte como os brasileiros, que simplesmente te agarram e tentam te beijar. São mais cavalheiros", diz uma das mulheres.

    O Associated Press aponta, no entanto, que houve sim casos de brasileiras que foram importunadas pelos turistas de fora e que isso em parte se deve a uma imagem equivocada que os forasteiros têm das moças locais. O texto cita um caso em que ingleses tentaram agarrar torcedoras numa festa em Belo Horizonte, e que saiu na imprensa mineira.

    A reportagem mostra ainda um americano que reclama que algumas brasileiras parecem acreditar que todo estrangeiro é rico. Ele diz ter saído com uma mulher de Brasília e ter se dado conta de que ela só queria ter tudo pago durante o encontro. "Em San Francisco, estou acostumado a dividir a conta, então foi meio estranho", disse.

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    Para o "The Wall Street Journal", o pesadelo brasileiro que começou com a derrota humilhante na semifinal para a Alemanha, aparentemente, ainda não acabou. 
     
    O site do jornal americano publicou reportagem dizendo que o fato da Argentina, antigo rival do Brasil, estar na final do Mundial e poder levar o título, levanta a possibilidade de uma humilhação quase impensável aos milhões de brasileiros que já estão de coração partido. (leia o texto, em inglês)


    Brasil e Argentina, segundo o texto, têm alimentado uma das mais longas e profundas rivalidades internacionais no esporte. O "The Wall Street Journal" ainda lembra que é comum fãs de futebol dos dois países entrarem na disputa de quem foi o maior dos jogadores: Maradona ou Pelé.

    A reportagem diz que os brasileiros estavam confiantes em vencer o Mundial e expurgar de vez a derrota de virada do Uruguai, em 1950, quando a Copa também foi realizada no Brasil. No entanto, depois de perder de 7 a 1 para a Alemanha, levantou-se uma possibilidade oposta, de acordo com o jornal americano: ter de encarar os argentinos comemorando a taça em solo brasileiro.

    O britânico "The Guardian" em reportagem publicada no site nesta quinta-feira (10) também reforça que a possibilidade dos argentinos ganharem o título aumenta ainda mais a dor dos brasileiros. Para o jornal, a Argentina na final "é quase um pesadelo completo." A reportagem traz um vídeo dos torcedores argentinos que estavam no Brasil comemorando a classificação. (leia o texto, em inglês)
    The Guardian diz que Argentina na final é quase pesadelo para brasileiros



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