domingo, 13 de julho de 2014

Técnico da Argentina afirma que equipe pode se orgulhar do que fez na Copa




RIO DE JANEIRO, 14 Jul 2014 (AFP) - Após a derrota por 1 a 0 para a Alemanha na final da Copa do Mundo, o técnico da Argentina, Alejandro Sabella, afirmou que seu jogadores "podem se olhar no espelho" com orgulho pelo esforço que fizeram, neste domingo no Maracanã.


P: O lado físico pesou no resultado da partida?

R: "Foi uma partida muito equilibrada, eles começaram melhores, controlaram a bola, é uma grande equipe. Eles tiveram mais posse de bola e o domínio territorial, mas as melhores chances de gol foram nossas. Jogamos duas prorrogações, eles apenas uma, e nós jogamos um dia depois. Quero parabenizar meus jogadores, que fizeram um trabalho excepcional, e a Alemanha também, pelo título conquistado".


P: O que faltou para conquistar o título?

R: "Foi uma partida equilibrada, e quando temos chances de gol, é preciso aproveitá-las. Faltou um pouco de eficiência. Nas outras partidas, acabamos vencendo, até contra a Holanda, contra quem criamos pouco. A partir das oitavas de final, as partidas tornam-se muito fechadas, truncadas, e quando você comete um erro e leva um gol, fica difícil inverter a tendência do jogo. Mas estou muito orgulhoso, os rapazes fizeram um Mundial extraordinário, a equipe atacou com força, eles se ajudaram e deram tudo que tinham pela camisa argentina. Apesar da dor de uma derrota, podemos nos olhar no espelho porque demos tudo pela Argentina".


P: Qual foi o motivo das substituições de Lavezzi e Higuaín?

R: "Lavezzi fazia uma ótima partida, mas tentamos mudar a maneira de jogar, uma maneira de ficar mais ofensivos para vencer sem prorrogação, por causa do cansaço. Higuaín não estava cansado, mas queríamos cortar o caminho de Schweinsteiger com Palacios".


P: Como reagiu Messi após falhar em atingir o Olimpo dos jogadores de futebol?

R: "O Mundial é um torneio muito exigente. Há muito tempo que ele está no Olimpo dos grandes do futebol".


P: Messi mereceu a bola de Ouro de melhor jogador do Mundial?

R: "Sim, acredito que ele mereceu. Ele fez um grande Mundial, ele foi um fator determinante para que chegássemos onde chegamos, além do que os outros jogadores fizeram. É claro que ele mereceu".


P: Como está o clima no vestiário?

R: "Estava no silêncio do descanso do guerreiro. Sempre disse que, além do resultado, era preciso ver o rendimento, um técnico sempre precisa avaliar o rendimento. O rendimento foi muito bom, mas principalmente a entrega. Eles deixaram até a última gota de suor no campo. Estávamos todos muito tristes, tínhamos uma grande esperança. Para fazer a partida perfeita, era preciso ter sido mais eficiente. Estou triste como os jogadores. De um lado, é uma dor normal pela perda de um título, mas também estou satisfeito porque os jogadores deram tudo de si. É um grupo extraordinário".


P: Qual sentimento que fica?

R: "O objetivo era chegar mais longe do que de costume. Com a história da seleção argentina, sempre queremos mais do que temos. Quando se chega à semifinal, é preciso chegar à final. Depois, tem que ganhar. Eu fico com um sentimento duplo; a frustração de não ter realizado o sonho e ao mesmo tempo a sensação de dever cumprido".


P: Como serão recebidos os jogadores na Argentina?

R: "Os jogadores merecem ser muito bem recebidos. Eles fizerem um grande Mundial, não temos nada a reclamar. Não sei o que os outros estão pensando, mas imagino que todo mundo estará triste, mas com o passar dos dias vamos ver se esse sentimento muda".


P: Como o senhor vê esse vice-campeonato?

R: "Alguns segundos colocados fizeram história, como a Holanda (dos anos 1970), que revolucionou o futebol. Eles não ganharam o ouro, mas ficaram com a prata. Ficamos com uma sensação amarga, mas os jogadores deram tudo de si. Isto não é o mais importante, mas é muito importante".


Respostas colhidas durante coletiva de imprensa.

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