ZERO HORA - 13/07
De todas as lições deixadas pela Copa do Mundo para o Brasil, talvez a principal seja a consciência de que podemos, sim, atenuar o maior fator de rejeição estrangeira ao nosso país e de incômodo para os próprios brasileiros, que é a insegurança das grandes cidades. O Plano de Segurança Pública da Copa, que custou ao governo federal pouco mais de R$ 1 bilhão com compra de equipamentos e custeio, funcionou satisfatoriamente mesmo com a movimentação extraordinária de pessoas em torno dos jogos. Os centros de comando e controle, com o sistema imageamento aéreo e plataformas de observação, instalados em nove capitais, ficam como um legado na área de segurança, assim como a integração entre a polícia federal e as polícias estaduais.
De todas as lições deixadas pela Copa do Mundo para o Brasil, talvez a principal seja a consciência de que podemos, sim, atenuar o maior fator de rejeição estrangeira ao nosso país e de incômodo para os próprios brasileiros, que é a insegurança das grandes cidades. O Plano de Segurança Pública da Copa, que custou ao governo federal pouco mais de R$ 1 bilhão com compra de equipamentos e custeio, funcionou satisfatoriamente mesmo com a movimentação extraordinária de pessoas em torno dos jogos. Os centros de comando e controle, com o sistema imageamento aéreo e plataformas de observação, instalados em nove capitais, ficam como um legado na área de segurança, assim como a integração entre a polícia federal e as polícias estaduais.
O Brasil
encerra a Copa com a convicção de que podemos reduzir a sensação de
insegurança, mesmo que nem todos os problemas tenham sido resolvidos. O
saldo é tão satisfatório que os próprios brasileiros concederam a essa
área algumas das melhores notas dos serviços avaliados durante a Copa,
inclusive sob o ponto de vista de jornalistas e visitantes estrangeiros.
O país superou as melhores expectativas, como resultado de um esforço
reconhecido desde as primeiras providências. Merece reconhecimento a
capacidade de articulação da Secretaria Extraordinária de Segurança para
Grandes Eventos, do Ministério da Justiça, que pôs em funcionamento nas
12 cidades sedes o Sistema Integrado de Comando e Controle.
Combinaram-se,
para o êxito da empreitada, os investimentos em tecnologia, em
treinamento e integração das polícias, em todas as esferas. Brasileiros e
turistas, além das delegações participantes, puderam experimentar o
sentimento de que estavam de fato mais protegidos não só contra o crime
organizado, mas contra ameaças cotidianas. As grandes cidades ficaram
mais seguras, durante um mês, também pelo reforço operacional de
policiais militares deslocados de comunidades interioranas, e o país foi
apresentado a outra surpresa _ mesmo assim, não houve aumento de
criminalidade nas regiões menos guarnecidas.
Não se espera que, após a
Copa, se mantenha a mesma estrutura excepcionalmente montada para um
evento com particularidades únicas. Mas muitas das referências de
tecnologia, inteligência e pessoal devem ser aproveitadas pelo governo
federal e pelos Estados. O país não pode desperdiçar o aprendizado de
mais de 160 mil profissionais da segurança e da defesa civil. Aprendemos
com especialistas de outros países e com as trocas entre o pessoal das
polícias nacionais. O Brasil que se saiu bem com a segurança da Copa
deve repetir o feito na Olimpíada de 2016. Até lá, terá de provar que as
estruturas e as práticas de segurança são de fato um dos legados
duradouros do Mundial.
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