domingo, 13 de julho de 2014

Copacabana vira território dos alvicelestes e alguns até torceram pelo Brasil... mas desistiram

COPA.BR - TORCIDA HERMANA

Rio de argentinos


postado em 13/07/2014 08:25
(Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Rio de Janeiro –
A torcida argentina está tão contente com a o desempenho de sua seleção nesta Copa do Mundo que se deu ao luxo até de torcer um pouco para o Brasil ontem. Ao menos alguns dos torcedores ouvidos pela reportagem em Copacabana disseram que gostariam de ver a Seleção Brasileira ficando em terceiro lugar. Como a equipe de Luiz Felipe Scolari não se mostrou capaz, desistiram ainda na metade do primeiro tempo e trataram de cantar suas músicas em que enaltecem seus jogadores e não deixam de provocar os vizinhos.

Foi o caso de Ariel Banega, que chegou ao Brasil na semana passada a bordo do táxi com que ganha a vida em Buenos Aires. Depois de passar por São Paulo, onde viu a vitória nos pênaltis diante da Holanda, está desde sexta-feira no Rio e aproveitou ontem para curtir a festa na arena armada na areia da praia mais famosa do Rio e do país.

“Torço pelo Brasil pela primeira vez na minha vida. Faço isso porque o povo aqui é muito simpático, fomos muito bem recebidos”, disse ele, que “dividiu o volante” com três amigos para cumprir os 2.200 quilômetros desde a capital argentina até São Paulo, em 36 horas.

Como o escrete canarinho não fez por onde para merecer a torcida, o taxista tratou de se dedicar ao seu objetivo maior: conseguir um ingresso para ver a grande final, hoje, no Maracanã. “Estou pensando em vender o carro para comprar um ingresso”, declarou ele, rindo, referindo-se ao alto preço cobrado por cambistas por uma entrada para Alemanha x Argentina.

Do lado de dentro da Fan Fest, os torcedores brasileiros eram até maioria e tentaram apoiar a Seleção, cantando que Pelé fez mil gols e Maradona não. Porém, o pênalti de Thiago Silva em Robben arrefeceu os ânimos logo no início da partida. “Está complicado. A comissão técnica não soube preparar a Seleção Brasileira para esta Copa. Treinaram o time para jogar em função de um jogador. Como o Neymar machucou, não sabem o que fazer”, argumentou o mecânico José Geraldo da Silva.

Ele chegou cedo para ver o jogo no telão e estava na primeira fila, usando uma fantasia das mais criativas, com folhas, bandeiras do Brasil e bolas de futebol. Porém, depois do primeiro gol, tratou de sacar um cartaz em que se lia “Calma, Holanda”, com medo de mais uma goleada. “Se tomar mais sete, meu coração não vai aguentar”, afirmou Silva, referindo-se aos 7 a 1 para a Alemanha, nas semifinais.

CONFIANÇA Enquanto o escrete canarinho dava mais um vexame em campo em Brasília, frustrando a torcida em todo o país, os argentinos tratavam de fazer festa. No fim do primeiro tempo, muitos deles realizaram verdadeira passeata pela Avenida Atlântica, não só mostrando confiança na conquista do tricampeonato, mas também aproveitando para tripudiar sobre os brasileiros, recordando a vitória na Copa de 1990, com gol de Caniggia, e, claro, que Maradona é melhor que Pelé.

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