domingo, 13 de julho de 2014

Público dá dicas para sala no Museu do Futebol sobre a derrota do Brasil





Museu diz que vai receber sugestões de como 'eternizar' o vexame do 7 x 1.


Em vídeo, visitantes imaginam como espaço em SP deve contar eliminação.

  G1 São Paulo
Público visita exposição no Museu do Futebol, em São Paulo (SP) (Foto: Isabela Leite/G1)Público visita exposição sobre Copas no Museu do Futebol, em São Paulo (SP) 
 
 

Visitantes do Museu do Futebol, em São Paulo, afirmam que o espaço terá que abrigar um espaço para "eternizar" a derrota do Brasil por 7 a 1 para a Alemanha em 8 de julho. Neste sábado (12) o G1 ouviu dicas de 10 torcedores de como o museu deve contar o capítulo mais triste da história do futebol brasileiro.

Ainda não há uma definição sobre uma nova sala no Museu. O diretor de organização social da instituição, Luiz Bloch, disse que sugestões enviadas pelo site do museu serão analisadas e respondidas aos visitantes.

Ele explica que a criação do espaço requer um longo período de pesquisa dos assuntos que serão retratados e dos elementos interativos usados para a última edição do Mundial. “O Museu não é um museu da seleção, mas a gente vai estudar. Claro que isso será colocado no Museu, mas de que forma é o centro de documentação que vai dizer”, explicou Bloch.
Veja abaixo sugestões dos visitantes


Bruno da Silva Barbosa, 26 anos, secretario de escola
DICA: Criar uma sala com um ônibus sem a lateral e sem o volante, além de interatividade para "chacoalhar" os jogadores brasileiros. "É mostrar para eles que esse 7 a 1 vai ficar marcado não só na história deles, mas na nossa também”.



Márcio Zaquela, 44 anos, engenheiro
DICA: instalação de monitores com os gols da partida e, para cada gol, imagens da reação do povo brasileiro e da decepção da torcida. " Se a Copa de 1950, foram 64 anos [de lembranças], esses serão 500 anos que será comentado”.



 
Kléber de Lima Filho, 37 anos, engenheiro
DICA: analogia com a derrota em 1950, com as duas salas lado a lado, comparando o impacto na população nos dois Mundiais. “Assim como a derrota de 1950 ficou [na memória], essa ficará por muito mais tempo.”

 
Marcelo Sarro, 40 anos, publicitário
DICA: A sala teria que ter os 11 jogadores enfileirados, mas sem a camisa da seleção brasileira. “Eles não honraram a camisa, então não merecem usar a amarelinha.”

 
Luciana Amabile, 42 anos, analista financeira
DICA: O espaço poderia mostrar o sofrimento dos torcedores e dos jogadores e ter um elemento de interatividade para parar a partida no início, ver o que estava errado e conversar com os jogadores.

 
Catarina Amabile da Silva, 7 anos, estudante
 
DICA: A sala teria que mostrar os jogadores e torcedores da seleção brasileira, mas também os jogadores da seleção da Alemanha. “Teria que mostrar os jogadores do Brasil chorando, tristes e parados e os jogadores da Alemanha emocionados.”

 
Simone Dicellis, 26 anos, engenheira
 
DICA: A sala deveria ser inspirada no número 7 e deveria ser usado um vídeo no final do jogo mostrando a tristeza dos jogadores após a derrota. “A sala serviria para mostrar como é triste lembrar desse momento.”

 
Helena Martins de Oliveira, 24 anos, arquiteta
 
DICA: O público poderia “brincar” com os jogadores, tentar ver o que ocorreu no “apagão” entre os jogadores e ver o que poderia ser feito para mudar o resultado e evitar a derrota.

 
Rafael Martins de Oliveira, 26 anos, economista
 
DICA: O espaço deveria mostrar não só o que aconteceu nos estádios, mas também nas Fan Fests. “O estádio é um pedacinho muito pequeno de tudo o que o brasileiro sentiu neste momento.”

Luiz Bloch, diretor de organização social do Museu do Futebol

 
Resposta às sugestões: Pedidos serão analisados, mas criação da "sala da derrota" requer pesquisa. "Claro que isso será colocado no museu, mas de que forma é o centro de documentação que vai dizer. É quem estuda o conteúdo.”


Público visita exposição no Museu do Futebol, em São Paulo (SP) (Foto: Isabela Leite/G1)Público visita exposição de fotos no Museu do Futebol, em São Paulo (SP)
 

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