quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Objetivo de Rollemberg é evitar a repetição de erros



Candidato diz que excesso de alianças não ajudou governo de Agnelo

daniel.cardozo@jornaldebrasilia.com.br


Após ser o mais votado no primeiro turno, Rodrigo Rollemberg (PSB) insiste em que não procurará apoio de outros partidos. A razão, segundo ele, é não incorrer no mesmo erro do atual governador, Agnelo Queiroz (PT), que fechou apoio de muitas legendas — chegou a 19 — mas acabou fora do segundo turno. Mesmo assim, não são descartadas conversas com as legendas.

Dois dias depois da votação, Rollemberg se dedicou a reuniões com aliados, incluindo os do próprio partido e também com o PDT, que conseguiu eleger Reguffe para o Senado e três  distritais. O partido  não colocará restrições para a ampliação da chapa. “Nosso objetivo é elegê-lo ao governo e também a presidente Dilma”, avisou Georges Michel, presidente do PDT

Rollemberg se encontrou com os candidatos do PSB, que ficou sem nenhum parlamentar no DF. O encontro foi aproveitado para agradecimentos e pedidos de apoio para a votação definitiva, daqui a 18 dias.

Rollemberg também aproveitou dia para parabenizar os candidatos eleitos para a Câmara Legislativa e disse que pretende apresentar seu projeto, depois de eleito, para que decidam pelo apoio — ou não.

Sem loteamento
“Acredito que muitos deputados querem mudar essa postura em relação ao governo, sem esse processo de loteamento, negociação por cargos. Agnelo foi apoiado por mais de 15 partidos e nem para o segundo turno foi. Então é preciso rever essa relação com a Câmara”, sinalizou.
Antes de se decidir por Jofran Frejat, PHS e PEN chegaram a procurar Rollemberg para uma negociação.

De acordo com o presidente do PHS, Lucas Kontoyanis, o contato acabou não rendendo frutos. Para ele, faltou diálogo por parte de Rollemberg. “Fomos procurados pelo Frejat, mas do Rodrigo recebemos apenas recados. Não estamos interessados nisso. Queríamos uma conversa republicana, oficial, sobre o apoio. Ele procurou apenas alguns candidatos, mas não sentou com a s direções para conversar”, criticou.

PMDB, objeto de desejo, promete ficar neutro até o fim
1. Se os próprios candidatos não demonstram maior interesse pelo apoio do PT, com receio de levar consigo a rejeição que atrapalhou a campanha de Agnelo, o mesmo não acontece com o PMDB.
2. Embora parceiro de Agnelo e do PT desde 2010, o PMDB não dá sinais de partilhar essa rejeição e conta, em todo o Distrito Federal,  com uma capilaridade que desperta a cobiça de eventuais aliados.

3. A direção local do PMDB foi procurada nos dois últimos dias por aliados de Jofran Frejat que pretendiam facilitar aproximação. O presidente regional do partido, o vice-governador Tadeu Filippelli, distribuiu ontem à noite nota oficial assegurando que se manterá neutro na disputa do segundo turno.

4. A nota é particularmente dura quando desautoriza “qualquer candidato a usar o seu nome e o nome do partido, atribuindo-lhes declarações inverídicas, que só servem para confundir os eleitores”. O recado se dirige em especial a aliados de Frejat, que lhe atribuiam elogios ao programa de governo.

5. Filippelli assegurou que  quer “seguir colaborando com o governador Agnelo Queiroz, concluir o mandato  e entregar uma cidade melhor ao seu sucessor, independente de quem seja ele”.

Saiba mais
Corre nos bastidores que deputados distritais com votação expressiva, a exemplo do distrital reeleito Doutor Michel (PP), estejam com conversas adiantadas com a campanha de Rodrigo Rollemberg.
Procurado, o deputado  garante que ainda não procurou os candidatos  ao Buriti que concorrem no segundo turno, mas que sua opção, quando tomada, “será pelo melhor plano de governo para o Distrito Federal”.

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília


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