Petrolão
Ex-diretor diz ter recebido propina de R$ 500 mil do presidente da Transpetro
Publicado: 9 de outubro de 2014 às 6:08 - Atualizado às 6:09
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo
Roberto Costa pagou propinas ao PT, ao PMDB e ao PP para financiar a
campanha eleitoral das siglas em 2010, segundo confessou em depoimento à
Justiça Federal nesta quarta feira (8), e afirmou haver recebido
“pessoalmente” propina de R$ 500 mil do presidente da Transpetro,
cearense Sergio Machado, que é ligado ao senador Renan Calheiros,
presidente do Congresso, e tio do senador eleito Antônio Reguffe
(PDT-DF). A Transpetro é subsidiária da Petrobras. Machado se disse indignado com a acusação e o vazamento e ameaça com processos na Justiça.
Paulo Roberto contou ter sido indicado para o cargo pelo ex-deputado José Janene (PP-PR), em 2004, com a missão de montar um esquema de pagamento de propinas para políticos, que era dividida na base de 1% para um e 2% para outro – sobre valores superfaturados de contratos da Petrobrás com empreiteiras e fornecedores. O esquema financiou a campanha eleitoral de 2010.
Ele não pôde dizer, em seu relato, os nomes de políticos que teriam recebido dinheiro de corrupção.“Muita gente”, ele disse, segundo reportagem de Fausto Macedo para o jornal O Estado de S. Paulo. A competência para investigar ou processar parlamentares é exclusiva do Supremo Tribunal Federal, por isso ele não pode citar os nomes à Justiça Federal.
Costa depôs durante cerca de duas horas no processo da Operação Lava Jato em que é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro desviado das obras da refinaria Abreu e Lima. Costa já deixou a sede da Justiça Federal, em Curitiba, e está retornando ao Rio de Janeiro, onde cumpre prisão em regime domiciliar.
Ele afirmou que em “outras diretorias” da Petrobrás também havia esquema de propinas. “Havia um esquema de grupos atuando na Petrobrás, cada um com seus interesses, cada um com seu operador.”
Sobre a participação de políticos, ele disse. “Os líderes estão fora desse processo, são agentes políticos, não são as empresas”.
Segundo Costa, as empreiteiras e fornecedores “estavam submetidas até à quebra se não pagassem propina”.
“Quem não pagava não participava”, declarou o ex-diretor.
Comentarios
- engenheirorei (entrou usando yahoo)AGORA EU QUERO VER O QUE A PRESIDANTA E O CHEFE BARBUDO VÃO FALAR PARA O POVO DO BOLSA FAMÍLIA, QUE NÃO SABIAM DE NADA.ESTE PESSOAL DO BOLSA TEM DE PENSAR QUE ALÉM DO DINHEIRO DO BOLSA DEVERIA EXISTIR MAIS DINHEIRO PRA ESCOLAS E SAÚDE PARA TODOS, POIS OS LADRÕES LEVAM O DINHEIRO DO ASSALTO PARA SEUS CHEFES PARA ABASTECER A CAMPANHA.
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