segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Argentina: Setor automotivo: depende do Brasil

Bilateral



Do IECO, caderno de economia do Clarin

O presidente da Fiat  Argentina disse que a reativação das montadoras depende diretamente da economia brasileira.
Buenos Aires, 25 de outubro de 2014

"O que é sustentável? Um modelo de inflação alta?". O presidente da Fiat Argentina, Cristiano Rattazzi, investiu contra as declarações do chefe de Gabinete da Presidência argentina Jorge Capitanich, que criticou os participantes do Encontro IDEA, que reuniu políticos, investidores e economistas em Mar del Plata, a 400 quilômetros de Buenos Aires, de dar "números falsos em matéria de inflação e resultado fiscal".


- O que é o melhor que poderia acontecer no setor automotivo hoje?
- Que o Brasil andasse muito muito bem e nos comprasse muita produção. Isso também estimularia que possamos intercambiar mais carros. Neste momento, ficou difícil pagá-los. Não podemos nos desbalançar. Exportar mais também nos permitiria importar mais.


- Esse cenário é possível?
- Existem algumas possibilidades de que a situação do Brasil melhore. Mas se eu tivesse que dizer o que eu acho, acredito que vai ficar mais ou menos igual e vamos ter que sofrer por um certo período porque as crises automotivas duram geralmente um certo período, alguns anos. Precisamos lembrar também que, além disso, existe uma soja a US$ 350. O vento de popa da Argentina de 2003 em diante foi a soja. O preço de hoje é muito superior ao que De la Rúa teve, mas é muito inferior ao que nós nos havíamos acostumado.

- Existem mais planos de suspensões?
- Neste momento não há muitos planos de suspensões. Na produção eu acho que todos estão pensando em vender para o Brasil. Por isso é muito importante que ele cresça.

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