segunda-feira, 3 de novembro de 2014

PETROBRAS VIROU ANTRO DE CRIMINOSOS Presidente da República não demite. Presidente do Conselho não demite. Presidente da empresa não demite. Quem demite é a multinacional de auditoria.


segunda-feira, 3 de novembro de 2014



Sérgio Machado, presidente da Transpetro, está sendo demitido pela empresa de auditoria, que se recusa a avaliar o balanço da estatal se mais este "migucho" da Dilma na Petrobras continuar no cargo.  Como todo mundo tem o rabo preso na roubalheira, ninguém demite ninguém com medo das delações premiadas.


A saída imediata de Sérgio Machado da presidência da Transpetro foi uma das condições impostas pela PriceWaterhouseCoopers para auditar o balanço da Petrobras.



O assunto foi discutido em uma turbulenta reunião do conselho de administração da companhia, que ocorreu na última sexta-feira. Conforme apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, os dez conselheiros ficaram divididos sobre a decisão, que terá de ser costurada nesta segunda-feira, 3, para que o martelo seja batido na reunião extraordinária marcada para terça-feira, 4.


A Price é a auditora independente que avaliza os balanços operacionais e financeiros da Petrobras. O envolvimento da petroleira em denúncias de corrupção e as revelações feitas pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa no processo de delação premiada da Operação Lava Jato levaram a Price a impor algumas exigência para referendar o balanço. Entre elas, a contratação de duas empresas independentes para atuar na investigação interna das denúncias - o que já foi providenciado pela Petrobras - e o afastamento do presidente da Transpetro.



Sérgio Machado, ex-deputado e ex-senador, é aliado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) e desde o início do governo Lula, em 2003, preside a Transpetro, subsidiária de transporte e logística da Petrobras. Teve seu nome citado por Paulo Roberto Costa em depoimento à Polícia Federal. Costa afirmou que recebeu R$ 500 mil em dinheiro das mãos de Machado dentro do esquema de pagamento de propina que, segundo denunciou, alimentou movimentações políticas com recursos vindo de empresas contratadas pela Petrobras. Costa disse que recebeu o dinheiro no apartamento de Machado, mas não se recordava da data exata, situando em 2009 ou 2010.


Procurada, a Price não se manifestou sobre o assunto até o fechamento desta edição. Na sexta-feira, a empresa já havia informado que não comenta situação de clientes, ao ser procurada pelo Estado para falar sobre o ultimato feito à Petrobras para apuração das denúncias de corrupção. As exigências feita pela auditora internacional estão atrasando a divulgação do balanço da Petrobras, que tem até dia 14 de novembro para formalizar suas contas junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).



Executivos da Price teriam lembrado, além da acusação de Paulo Roberto Costa, o requerimento do Ministério Público Federal à Justiça para o imediato afastamento de Sérgio Machado e bloqueio de seus bens. Em ação de improbidade administrativa, o MPF acusa Machado de participar de um suposto esquema para fraudar o processo de licitação para compra de 80 barcaças e 20 empurradores pelo Estaleiro Rio Tietê.

O contrato, no valor de US$ 239,16 milhões, previa que as embarcações seriam entregues a partir de 2012. A frota entraria em operação em 2013, com operação plena em 2015 transportando etanol pela hidrovia Tietê/Paraná, no interior de São Paulo.

Após a reunião do conselho, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, teria chamado Sérgio Machado para tentar um acordo, mas a situação continuou indefinida. A Petrobras não comentou o assunto. Por meio de sua assessoria de imprensa, Machado disse não ter nenhuma informação sobre a reunião do conselho.



 "O presidente não foi informado a respeito de eventual questionamento da Price relacionado com a denúncia do ex-diretor Paulo Roberto Costa, cujo teor não foi objeto sequer de apuração pelos órgãos públicos competentes. Sergio Machado reitera o que já afirmou: nega com veemência as acusações, que são levianas e absurdas", informou a Transpetro, em nota. (Estadão)

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