Um leitor me questionou sobre a crise criada entre ele e seus colegas de trabalho por posições políticas diferentes. O detalhe é que ele atua em uma estatal e agora está sofrendo sanções de seus amigos. Todos eles petistas.
O dilema: o que fazer nessas situações?
Como sempre digo, precisamos entender o conceito de guerra política para todos os momentos de nossa interação política. Absorvendo definitivamente este conceito, passa a se tornar vital sempre fazermos a pergunta: “Para que estou fazendo esta ação nesta interação política?”.
Na guerra, agimos quando há um ganho para a ação, pois todos os esforços devem ser feitos depois de uma avaliação nossa capacidade e disponibilidade de meios, assim como das consequências e possíveis resultados.
Mais aí temos uma situação: de que valem as interações políticas em um ambiente onde você não tem o controle da situação, e no qual as sanções podem ser graves? Pior, falamos de um ambiente dominado pelo inimigo.
Você pode achar até que está falando com amigos. Mas será que eles não poderão, mesmo nos casos em que tiverem boas intenções, te “entregar” para seus coletivos não-eleitos?
Para quem ainda não entendeu a situação atual, vamos colocar de forma simples.
Imagine-se sendo um judeu na Alemanha Nazista, assistindo vários artistas e órgãos de mídia apoiando o partido nazista. E isso vale para vários de seus amigos.
Por que fazem isso? Por causa da verba estatal. Isso, é claro, no caso dos beneficiários, mas estes fazem com que uma multidão de funcionais lute por eles. Essa é a dinâmica socialista em qualquer encarnação.
Estou dizendo que as consequências serão as mesmas do nazismo? Não. Eu duvido. Hoje vivemos a era dos Smartphones. Atualmente ninguém é louco de criar campos de concentração para massacrar opositores.
Mas que a vida de todos será conduzida a um verdadeiro inferno, quanto a isso não há dúvida alguma. E é esse inferno que os intelectuais orgânicos que apoiam o PT querem para todos nós.
Será que temos “apenas uma divergência dialética” com eles?
É duro reconhecer, mas você deve pensar duas vezes se vale a pena confiar em amigos petistas.
Mas e se a amizade for socialmente importante? O que fazer neste caso específico?
A sugestão é partir para a dissimulação absoluta, escondendo suas intenções. Isso, é claro, especialmente quando você estiver dentro de um ambiente controlado por eles.
Se você se encontra na mesma situação que o leitor por aqui, a batalha nas redes sociais é muito mais interessante. Se você acha que vai correr riscos, sugiro utilizar um perfil “alternativo”. Se você não perceber tais riscos, é possível selecionar os amigos com os quais você compartilha posts.
Se o ambiente de trabalho permite o uso da Internet, uma ideia pode ser usar as conexões 3G ou 4G, evitando as conexões de trabalho.
Voltando ao exemplo do nazismo, mesmo que seu amigo seja bem intencionado, ele poderá se tornar um risco, pois o que vale aqui agora é um projeto de poder, não as vontades de seu amigo. E até ele pode ser mal intencionado.
O filme Good, de 2009(acima, no inicio da mensagem) mostra o personagem Halder (Viggo Mortensen), como um nazista aliado ao governo alemão, enquanto Maurice (Jason Isaacs), é seu amigo judeu. A incapacidade de Maurice de perceber que seu fornecimento de informações e planos pessoais para Halder iria lhe destruir dá o tom do filme.
Não quebre as amizades, evidentemente. Pode dar na cara. Ao invés disso, use as amizades com petistas de forma estratégica.
Precaução e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.
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