Vereador Marco Prisco, representante dos PMS, anunciou a greve da categoria na terça-feira.
Apesar de voltarem às ruas no final da manhã de sábado após passarem a
madrugada de ontem recolhidos em quartéis, em protesto contra a prisão
de Marco Prisco, vereador em Salvador pelo PSDB e líder da greve
ocorrida durante a semana , os policiais militares da Bahia deram início
a 'operação tartaruga'. Eram atendidos apenas casos urgentes ou que
envolvessem policiais. "Vou cumprir as 12 horas do turno, mas sem
registrar ocorrência. Viemos para a rua porque o comando ameaçou nos
demitir", disse um soldado que pediu anonimato. As informações foram
publicadas no jornal Folha de S. Paulo.
Em uma delegacia movimentada de Salvador, a "greve branca" se fazia
notar: até 15h nenhum PM havia aparecido para registrar ocorrência. O
comandante da PM baiana, Alfredo Castro, confirmou que houve
aquartelamento "em maior ou menor escala" pelo Estado. Durante a
madrugada de ontem, ele articulou uma carta para tentar acalmar os
ânimos, mostrar que uma nova greve prejudicaria uma possível liberação
de Prisco, e que a prisão foi motivada por questões da greve anterior da
PM, de 2012, que o vereador também liderou.
Mesmo com tropas federais, houve ao menos 16 homicídios na Grande
Salvador (que tem média de cinco por dia) e cinco em Feira de Santana
(média de um por dia) entre 19h de sexta e 7h de ontem. O governo Wagner
não havia se manifestado sobre o problema até o começo da noite. Nos
bastidores, assessores tratavam a situação como uma questão da PM.
Fonte: MARGARIDA NEIDE /Ag. A Tarde / Futura Press / Terra - 20/04/2014 - - 10:07:15 BLOG do SOMBRA
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