domingo, 11 de janeiro de 2015

Extrato bancário mostra que conta corrente do DF está zerada


 06/01/2015 às 07:00:02

A Secretaria de Comunicação divulgou que o saldo das contas do governo totalizam R$ 64.201,07, divididos entre dois fundos de investimentos do BRB

daniel.cardozo@jornaldebrasilia.com.br


O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) garantiu que os cofres do GDF contam hoje com apenas R$ 64 mil.



O valor é insuficiente para custear os salários atrasados dos servidores. Assim, a antecipação do Fundo Constitucional ainda continuaria sendo a esperança para a quitação das dívidas.


Durante a segunda-feira, Rollemberg contestou as informações de que haveria R$ 1 bilhão nos cofres do governo. O valor consultado no Sistema Integrado de Gestão Governamental (SIGGO), da Secretaria de Fazenda, estaria apresentando dados superados.



A Secretaria de Comunicação divulgou que o saldo das contas do governo totalizam R$ 64.201,07, divididos entre dois fundos de investimentos do BRB. A conta corrente tem saldo zerado.


Atualização 
“Se tivéssemos esse dinheiro em conta já teríamos pago os décimos terceiros salários dos servidores”, garantiu Rollemberg. “Esse montante está desatualizado. Ainda não foram debitadas algumas despesas do fim do ano passado, quando elas forem descontadas o valor diminuirá”, completou.
O secretário de Fazenda, Leonardo Colombini, também negou veementemente as informações. “Esse valor só seria atualizado no dia 10. Até lá será mostrada a real situação dos cofres”, afirmou.



Uma visita ao “primo rico”
Durante o discurso de posse dos dirigentes do Sebrae, o governador voltou a mencionar a situação calamitosa dos cofres públicos do DF. Rodrigo Rollemberg disse que os fotógrafos poderiam registrar um governador sorridente, ao contrário do que os meios de comunicação teriam publicado nos últimos dias.



Ele estaria mais “carrancudo” nos últimos dias,  por conta da crise  enfrentada pelo governo. O motivo do sorriso seria a visita ao “primo rico”, o Sebrae.
O GDF ainda tenta obter a antecipação de R$ 412 milhões, referentes à segunda parcela do Fundo Constitucional.


A medida depende da Secretaria do Tesouro Nacional, vinculada ao Ministério da Fazenda. Mesmo antes da posse, em 1º de janeiro, o secretariado já havia solicitado os recursos. O entrave seria a posse do novo ministro da Fazenda, que ainda não havia acontecido.


Apesar de tida como esperança para salvar as contas do governo, a antecipação é vista com cautela pela equipe econômica de Rollemberg. No domingo, a secretária de Planejamento, Leany Lemos, disse que, por se tratar de um adiantamento, a conta seria cobrada até o fim do ano.


 O remédio para a crise seriam os decretos de austeridade, divulgados nos últimos dias. A revisão de contratos e a contenção em gastos como telefonia celular e carros oficiais pode dar um fôlego extra às finanças.

Ainda assim, os resultados do plano de economia de custos serão divulgados apenas em março.


Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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