Carlos Chagas
Publicado: 18 de fevereiro de 2014 às 7:48
Há chance de, esta semana, o Supremo
Tribunal Federal livrar-se dos embargos infringentes que restam ser
julgados, interpostos pelos mensaleiros. A tendência de rejeitá-los em
bloco parece prevalecer na maioria dos onze ministros da mais alta corte
nacional de justiça, conforme disposição do presidente Joaquim Barbosa.
Confirmando-se as previsões, serão mantidas as penas anteriormente
fixadas para todos, inclusive as de prisão fechada de que muitos tentam
escapar.
Apesar de informações desencontradas, entrevistas e
notas oficiais conflitantes, sopra nos corredores do Supremo a versão de
que não demora muito para o presidente da casa solicitar aposentadoria.
Março seria o limite, ainda que seu mandato na direção dos trabalhos se
estenda até novembro.
As especulações se dividem apesar de Barbosa
haver informado, pela sua assessoria de imprensa, que não é candidato à
presidência da República, em outubro. Não é mas pode vir a ser, retrucam
alguns observadores.
Depois de haver depreciado o conjunto de partidos
políticos, ano passado, ele faz a ressalva para legendas isoladas, até
mesmo duas que já o procuraram. Tudo indica que março será mês crucial
para o Poder Judiciário e, de tabela, o Legislativo.
A sombra de Joaquim
Barbosa continua assustando os candidatos presidenciais já conhecidos,
para não falar no PT, onde viceja o raciocínio de que se o ministro for
candidato, por via das dúvidas melhor seria lançar o Lula no lugar de
Dilma.
DOIS ESTADOS FUNDAMENTAIS
No PT, os maiores cuidados referem-se a São Paulo e
Minas, dois estados onde o PSDB governa. A estratégia dos companheiros
será desalojar os tucanos desses dois ninhos, jogando todos os cacifes
nas indicações de Alexandre Padilha e Fernando Pimentel, com o Lula de
principal cabo eleitoral. A vitória de pelo menos um deles, seja contra
Geraldo Alckmin, no caso paulista, ou Pimenta da Veiga, entre os
mineiros, desequilibraria o jogo.
FALTA O PETER PAN
A fada Sininho, sabemos quem é, faltando apenas
pesquisar se tem algum parentesco com o ex-presidente Jânio Quadros. Ela
tem ajudado não só os dois meliantes que mataram o cinegrafista da Rede
Bandeirantes, mas outros black-blocs eventualmente conduzidos às
delegacias. Falta, no entanto, identificar o Peter Pan, capaz de chefiar
o grupo de meninos perdidos da Terra do Nunca, todos agora mascarados.
Quanto ao Capitão Gancho, também há controvérsias.
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