terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Dilma: MUITO MAIS DO QUE UMA GAFE



Ontem, no Palácio Jaburu, Dilma Rousseff foi tentar apaziguar os ânimos do PMDB. 

O partido quer mais um ministério importante, com muito dinheiro em caixa, para pagar as campanhas dos seus deputados, senadores e governadores. 

Dilma resiste, pois quer dar este ministério para o PROS, dos Gomes do Ceará, pagarem as campanhas dos seus deputados, senadores e governadores. O ministério é o da Integração Nacional, responsável, por exemplo, pelo superfaturamento da inconclusa Transposição do Rio São Francisco, que vai matar mais algumas centenas de nordestinos de sede e fome, neste terceiro ano seguido de seca.

Em determinado momento, segundo o Estadão, a petista cometeu uma gafe ao trocar o nome do presidente estadual do PMDB de São Paulo. 

"Queria também saudar a cada um dos prefeitos e prefeitas aqui presente cumprimentando o presidente do PMDB, o Edinho [Araújo]. Ah, é o Baleia [Rossi], não é o Edinho? Olha só, Baleia, eu te demiti. (risos)".

O fato dá bem o contexto da reunião. O filho de um ministro demitido por corrupção recebe sorrisinhos e piadinhas da presidente da República. E de toda uma plateia ali interessada apenas e tão somente em levar vantagem e avançar sobre os cofres públicos.

A vida do pai de Baleia Rossi, Wagner Rossi, é um poço de irregularidades. Quando presidiu a Conab, desviou 100 toneladas de feijão destinado aos pobres para um prefeito amigo. Mesmo assim, chegou ao Ministério da Agricultura, indicado por Dilma. 


Um lobista amigo de Rossi tinha sala dentro do órgão e comandava licitações de R$ 1,5 bilhão. Finalmente, foi demitido pela Imprensa, que descobriu que ele havia pego carona no jatinho do dono de uma empresa que vendia milhões em vacinas contra a febre aftosa para o ministério e que tinha um dos sócios como assessor do ministro.

Ontem, ao fazer piadinha com o filho de um ministro demitido por corrupção, Dilma mostrou o quão podre é este governo petista. Não é para rir. É para chorar.

18 de fevereiro de 2014 Lorotas políticas e verdades efêmeras

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