sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O terreno do Parque de Exposições da Granja do Torto deve voltar a ser da Terracap.

Área deve ser devolvida ao GDF em dez dias

Local é administrado há 25 anos pela Associação dos Criadores do Planalto (ACP), que, segundo o Tribunal de Contas, está agindo sob irregularidades

Da Redação
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Daqui a dez dias, o terreno do Parque de Exposições da Granja do Torto deve voltar a ser da Terracap.

 O pedido de desocupação foi feito após auditoria do Tribunal de Contas e a decisão foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal em 16 de janeiro, dando prazo de 30 dias para isso. 

O local é administrado há 25 anos pela Associação dos Criadores do Planalto (ACP), que, segundo o Tribunal de Contas, está agindo sob irregularidades, como o uso de funcionários do Governo do DF para manutenção do parque, além de dívidas com a CEB e ganho de patrocínio pago com dinheiro público. Porém, o mais grave, segundo a auditoria, é que a área foi cedida sem licitação. 

“O Tribunal de Contas havia  dito que o documento que permitia o uso da área era válido, pois na época  em que foi dada a autorização (1989) não existia a lei de licitação", diz Jader Soares, representante da associação.  

Outro lado
Jader afirma que desde 2008, quando assumiu a administração, a manutenção do parque acontece por meio de parcerias firmadas com empresas privadas, como por exemplo  a escola de equitação, shows, feiras e alugueis de baias. Ele desmente, ainda, a informação de que famílias estariam morando na área do parque. Jader explica que há três anos, porém, posseiros foram retirados do local por via judicial, com ação movida pela ACP. 

A assessoria de comunicação da Secretaria de Cultura informa que o que vai acontecer é uma desocupação da área, por ser pública e pertencente à Terracap, e não desapropriação, como alguns estão afirmando. “A determinação foi feita pelo Tribunal de Contas e o governador do DF apenas cumpriu", completou a assessoria.

Saiba Mais
O Parque de Exposições Granja do Torto foi criado em 1968, com a finalidade de se tornar um centro de difusão dos avanços tecnológicos nas áreas de zootecnia animal e melhoramento genético, bem como servir de espaço para  eventos agropecuários.
 
Preocupação
Representantes de empresas que atuam na área do parque estão preocupados com a desocupação, como é o caso de Ellison Roberto, assistente administrativo da escola de equitação. Para os alunos, um transtorno também.  Ane Vitória sai de Águas Claras para fazer aulas na Granja duas vezes por semana  e não sabe o que vai fazer agora. 
 
A preocupação dos funcionários da escola também é grande. A professora de equitação Luciane Fontoura veio de Porto Alegre somente para trabalhar na escola e com o fechamento terá que retornar à sua cidade. “Recebi a notícia quando cheguei de férias e levei um baque. As pessoas que trabalham no parque dependem dele para viver", diz.  
 
A associação que administra o parque também está preocupada, já que, segundo seus representantes, há uma grande agenda de shows prevista para este ano no local.
 
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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