07/02/2014
às 4:29
Santiago
Andrade é cinegrafista da Band. Na noite desta quinta, ele estava
trabalhando. Cobria o chamado protesto contra o reajuste das passagens
de ônibus no Rio. Reajuste correto e necessário — a menos que você,
leitor, acredite que existe almoço grátis.
Marcharam contra a elevação
da tarifa, de R$ 2,75 para R$ 3, os de sempre: partidos de extrema
esquerda e, claro, os black blocs. Já não tenho estômago para ouvir
repórteres na TV recitando um textinho de manual: “A manifestação era
pacífica…”.
Mentira! Nunca foi. Até porque os black blocs estavam na
turma. E eles nunca são pacíficos. São os primeiros a confessar.
Um
artefato explosivo atingiu a cabeça de Santiago. Houve afundamento
craniano. Já foi submetido a uma cirurgia e está em estado gravíssimo no
Hospital Souza Aguiar.
Vejam agora uma sequência de seis fotos, que registram o momento exato em que Santiago é ferido.
Volto em seguida.
Os
veículos de comunicação todos estão reticentes. Dizem não saber se
Santiago foi atingindo por uma bomba de gás lacrimogêneo ou algum outro
artefato. Não tinha visto ainda esta sequência. Agora vi. Desde quando
bomba de gás — ou mesmo a de efeito moral — provoca essa luz? Que
história é essa? Há testemunhos de que manifestantes — leia-se, no caso,
bandidos — lançaram vários morteiros ou sinalizadores durante os
confrontos com a polícia.
A luz avermelhada registrada ali e os restos
da explosão são, obviamente, compatíveis com morteiro ou sinalizador.
Ainda que seja alguma outra coisa, não se trata de bomba de gás ou de
efeito moral.
E a
Polícia Militar só carrega essas duas. Os demais explosivos são levados
para as ditas manifestações pelos arruaceiros. Até uma nota oficial da
Band fala da hipótese de ser uma bomba de gás… Desde quando ela causaria
aquela luz e provocaria o afundamento de crânio com a gravidade que
está sendo noticiada? Não custa lembrar: um sinalizador, como aquele que
matou o menino boliviano num estádio de futebol, pode atingir até 300
km por hora.
Associações
de jornalistas e emissoras de TV divulgaram notas de solidariedade, mas
se negam a censurar a violência explícita e organizada desses que são
chamados de manifestantes. Manifestantes defendem ideias, pontos de
vista, fazem reivindicação. Não saem por quebrando e incendiando tudo.
Mais uma
vez, aquela turma de ontem decidiu depredar a Central do Brasil e as
ruas do entorno. Partiram para o confronto com a polícia e hostilizaram,
de novo, a imprensa.
O jornalismo, no entanto, prefere olhar para o
outro lado e se nega a dizer o nome dos seus agressores, uma gente que
odeia a democracia, a liberdade e o estado de direito. É mentira! Eles
não querem ônibus mais barato porcaria nenhuma! Querem se impor pela
violência e pelo terror.
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