Pedro Valls Feu Rosa
Publicado: 9 de março de 2014 às 11:26
Diário do Poder
Chico Kafka da Silva é um hipocondríaco fanático,
daqueles que se acham muito doentes e passam o dia todo lendo pesquisas
sobre saúde.
Há alguns dias ele leu sobre uma descoberta de pesquisadores norte-americanos da Universidade de Chicago, no sentido de que o casamento seria espetacular para a saúde!
Quem se casa teria probabilidades 30% menores de adoecer. Como seria de se esperar, Chico saiu igual um louco pelas ruas à procura de uma noiva!
No caminho, ao comprar um jornal, ele leu que sua futura noiva não poderia ser burra – segundo pesquisadores da Universidade de Oslo, na Noruega, as pessoas cujos cônjuges eram inteligentes estavam menos propensas a doenças do coração do que aquelas casadas com outras de “Q.I.” baixo.
E lá foi o Chico procurar uma noiva inteligente.
Poucos quarteirões depois, ao comprar uma revista, ele descobriu o conselho de cientistas norte-americanos no sentido de que o cônjuge não deve roncar à noite.
Descobriu-se que o ronco prejudica o sono de quem está próximo, o que a longo prazo pode causar sérios problemas cardíacos. E eis o Chico procurando uma noiva inteligente e que não roncasse.
No dia seguinte, lendo os jornais, ele descobriu que sua noiva não poderia ser autoritária, pois uma pesquisa da Universidade de Utah (EUA) revelou que o depósito de cálcio nas artérias, um dos indicadores de que um infarto está a caminho, é mais comum em mulheres cujos maridos são autoritários, e vice-versa.
Chico começou a ficar desesperado: estava difícil achar uma noiva que o agradasse e que fosse inteligente, pacífica e não roncasse à noite.
Mas o alívio veio logo: ele leu, na Revista da Associação de Psicologia dos Estados Unidos, que casamento não tem nada a ver com saúde, e muito pelo contrário: quem está feliz solteiro pode se tornar amargurado e doente após casado!
“Então é melhor não se casar”, pensou o Chico. E ele teve certeza disso quando leu que o casamento pode fazer mal à saúde – foi o que descobriu um grupo de pesquisadores da Universidade de Toronto (Canadá). Revelou-se que o sofrimento conjugal foi associado a um risco maior de problemas cardíacos, independentemente de outros fatores de risco como fumo, colesterol e pressão altos.
Foi quando Chico decidiu viver mesmo sozinho – afinal, um estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard revelou que os que moravam sozinhos tinham a saúde em muito melhor estado do que aqueles casados.
Porém, ele não poderia ficar solitário muito tempo, pois morar sozinho faz mal à saúde – foi o que disseram pesquisadores norte-americanos: “pessoas solitárias têm mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares.
Assim, doenças como infartos e derrames cerebrais podem aparecer mais facilmente nos solitários”.
Para piorar a coisa, Chico descobriu que a Federação Mundial do Coração concluiu que as pessoas que têm parceiro fixo vivem mais que as solitárias.
Entre os cardiopatas, metade dos que não tinham relacionamento afetivo morreu, contra apenas 15% do outro grupo. O que fazer? Casar? Juntar? Viver solitário? Havia que ser tomada uma decisão!
E foi assim que, depois de ler tantas pesquisas sérias, produzidas por instituições as mais respeitáveis do mundo, Chico finalmente tomou uma decisão: ele se casaria, porém permanecendo solteiro, e seria uma pessoa solitária que jamais viveria sem companhia.
Há alguns dias ele leu sobre uma descoberta de pesquisadores norte-americanos da Universidade de Chicago, no sentido de que o casamento seria espetacular para a saúde!
Quem se casa teria probabilidades 30% menores de adoecer. Como seria de se esperar, Chico saiu igual um louco pelas ruas à procura de uma noiva!
No caminho, ao comprar um jornal, ele leu que sua futura noiva não poderia ser burra – segundo pesquisadores da Universidade de Oslo, na Noruega, as pessoas cujos cônjuges eram inteligentes estavam menos propensas a doenças do coração do que aquelas casadas com outras de “Q.I.” baixo.
E lá foi o Chico procurar uma noiva inteligente.
Poucos quarteirões depois, ao comprar uma revista, ele descobriu o conselho de cientistas norte-americanos no sentido de que o cônjuge não deve roncar à noite.
Descobriu-se que o ronco prejudica o sono de quem está próximo, o que a longo prazo pode causar sérios problemas cardíacos. E eis o Chico procurando uma noiva inteligente e que não roncasse.
No dia seguinte, lendo os jornais, ele descobriu que sua noiva não poderia ser autoritária, pois uma pesquisa da Universidade de Utah (EUA) revelou que o depósito de cálcio nas artérias, um dos indicadores de que um infarto está a caminho, é mais comum em mulheres cujos maridos são autoritários, e vice-versa.
Chico começou a ficar desesperado: estava difícil achar uma noiva que o agradasse e que fosse inteligente, pacífica e não roncasse à noite.
Mas o alívio veio logo: ele leu, na Revista da Associação de Psicologia dos Estados Unidos, que casamento não tem nada a ver com saúde, e muito pelo contrário: quem está feliz solteiro pode se tornar amargurado e doente após casado!
“Então é melhor não se casar”, pensou o Chico. E ele teve certeza disso quando leu que o casamento pode fazer mal à saúde – foi o que descobriu um grupo de pesquisadores da Universidade de Toronto (Canadá). Revelou-se que o sofrimento conjugal foi associado a um risco maior de problemas cardíacos, independentemente de outros fatores de risco como fumo, colesterol e pressão altos.
Foi quando Chico decidiu viver mesmo sozinho – afinal, um estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard revelou que os que moravam sozinhos tinham a saúde em muito melhor estado do que aqueles casados.
Porém, ele não poderia ficar solitário muito tempo, pois morar sozinho faz mal à saúde – foi o que disseram pesquisadores norte-americanos: “pessoas solitárias têm mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares.
Assim, doenças como infartos e derrames cerebrais podem aparecer mais facilmente nos solitários”.
Para piorar a coisa, Chico descobriu que a Federação Mundial do Coração concluiu que as pessoas que têm parceiro fixo vivem mais que as solitárias.
Entre os cardiopatas, metade dos que não tinham relacionamento afetivo morreu, contra apenas 15% do outro grupo. O que fazer? Casar? Juntar? Viver solitário? Havia que ser tomada uma decisão!
E foi assim que, depois de ler tantas pesquisas sérias, produzidas por instituições as mais respeitáveis do mundo, Chico finalmente tomou uma decisão: ele se casaria, porém permanecendo solteiro, e seria uma pessoa solitária que jamais viveria sem companhia.
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