domingo, 9 de março de 2014

Anexar a Crimeia fecharia diplomacia entre EUA e Rússia, diz John Kerry

8/03/2014 16h15


Secretário de Estado dos EUA falou com chanceler russo por telefone.


Atitude 'fecharia espaço para diplomacia' entre os dois gigantes.

Do G1, com informações da Reuters e France Presse
 

O secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler russo, Serguei Lavrov, conversaram por telefone neste sábado (8) sobre a situação na Ucrânia, anunciou o Ministério russo das Relações Exteriores.

Kerry alertou Lavrov que quaisquer atitudes para anexar a região ucraniana da Crimeia ao território russo significariam o fechamento das portas diplomáticas entre Rússia e Estados Unidos, de acordo com um oficial do Departamento de Estado dos EUA.

"Ele deixou claro que se as provocações militares continuarem na Crimeia ou em outros lugares na Ucrânia, juntamente com medidas para anexar a região à Rússia, isso poderia fechar qualquer espaço para diplomacia", disse o representante, sublinhando que Kerry pediu "máxima moderação" na região.

No telefonema, de iniciativa americana, ambos, no entanto, "concordaram em continuar seus contatos intensivos para encontrar uma solução para a crise ucraniana", acrescentou a Chancelaria em um comunicado.

Lavrov e Kerry tiveram vários contatos nos últimos dias para tentar superar suas divergências a respeito da Ucrânia.

A crise ucraniana, que começou há mais de três meses, foi marcada basicamente pela destituição do então presidente Viktor Yanukovytch, que partiu para a Rússia.

A instabilidade política na região sofreu uma reviravolta recente com os movimentos de tropas russas na Crimeia e o anúncio de um referendo sobre a anexação dessa península autônoma ucraniana à Rússia. O referendo será realizado em 16 de março.

Esta semana, Washington suspendeu a cooperação militar com Moscou, impôs restrições aos vistos e publicou um decreto, autorizando o congelamento dos ativos dos funcionários e indivíduos, cujas atividades "minem os processos democráticos e instituições na Ucrânia" e "ponham em perigo a paz, a segurança, a estabilidade".

Neste sábado, a Presidência francesa anunciou que França e Estados Unidos pretendem adotar "novas medidas" contra a Rússia, diante da "falta de progresso rumo a uma solução da crise na Ucrânia".

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