A democracia fracassou no Brasil? Regime militar pode voltar?
Eles
querem a Volta dos Militares! Eles vão marchar dia 22 de março em
várias capitais. Quem são essas pessoas e o que eles realmente desejam?
Fanpage de Rachel Sheherazade apoia o evento. #marchadafamilia22
Por algum
motivo "inexplicável" a contagem das curtidas, que havia passado de
800, iniciou de novo do zero. Por isso pedimos àqueles que haviam
curtido que o façam novamente. Isso ajuda bastante da divulgação.
Pedir às forças armadas que intervenham na política é algo
perfeitamente plausível para milhares de cidadãos brasileiros. Eles se
pautam no artigo da CF de 1988 que diz que as instituições militares
devem garantir a lei, a ordem e os poderes constituídos.
Essas pessoas
há alguns meses têm articulado uma grande manifestação, marcada para o
dia 22 de março, visando dizer ao Brasil e ao mundo que desejam uma
nova intervenção militar. Na ótica dessas pessoas, a ação dos
militares, junto com a sociedade dos anos 60, foi essencial para o
Brasil. Eles dizem que os militares, caso intervenham novamente,
deixarão o poder em pouco tempo, ficando em seu lugar um governo
provisório, formado por civis de conduta ilibada.
Em 2013 ocorreram algumas concentrações com o mesmo objetivo,
principalmente no Rio e São Paulo, a participação foi pequena. Contudo,
esse ano os grupos engajados na campanha parecem estar mais organizados,
já confeccionaram cartazes, flyers e publicaram várias chamadas de vídeo
para o evento. Uma das organizadoras avisa que a polícia e órgãos de
segurança já foram convocados para prestar apoio às manifestações.
Vários sites tem apoiado o movimento, que se alastra mais rapidamente na
medida em que se aproxima a data marcada. Os organizadores informam que
entre os divulgadores da Marcha da Família com Deus está a fanpage Rachel Sheherazade, a página tem mais de 50 mil seguidores.
Acessando os links fornecidos pela organização
pudemos calcular que os grupos e páginas que aderiram ao evento contam
com cerca de 35.000 pessoas que participam diariamente, comentando e
mencionando os artigos nas redes sociais, principalmente no twitter e
facebook. Contudo, o número de seguidores das páginas ultrapassa
350.000, um número assustador, principalmente levando-se em conta que na
internet ninguém é passivo, todos são multiplicadores de informação.
Eles
não defendem nenhum partido político, criticam a doação de dinheiro para
o governo cubano, criticam o sistema de saúde, a contratação de médicos
cubanos pelo governo e gastos para a realização de grandes eventos
esportivos em um Brasil que, na sua visão, não proporcionaria uma qualidade de vida pelo menos razoável para seus próprios cidadãos.
Entre as solicitações do movimento
estão: "1 - destituir a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente
Michel Temer... 2 - dissolver o Congresso Nacional 3 - prisão de todos
os conspiradores por corrupção e alta traição... 4 - dissolução de todos
os partidos 5 - Intervenção em todos os governos estaduais e municipais
e seus respectivos legislativos... 6 - combate sistemático à corrupção e
subversão. 7 - intervenção no STF, cuja presença de ministros
simpáticos aos conspiradores é clara e evidente ...".
Quando questionados sobre possiveis confrontos com militantes de
esquerda, que prometem comparecer ao local, e até realizar uma marcha em
paralelo, os defensores da intervenção militar dizem que não ha nenhum
tipo de receio, pois a polícia e demais orgãos de segurança já foram
informados sobre a manifestação.
Críticos da proposta de intervenção dizem que é uma campanha
irracional, haja vista que não haveria mais o risco de algum país se
tornar comunista em pleno sec.XXI.
Nos últimos meses a discussão entre esquerda e direita é cada vez
mais intensa no Brasil. A esquerda chama os organizadores dessa
manifestação de reacionários, fascistas e extremistas de direita. Talvez
eles sejam realmente reacionários, afinal, pedem uma reação contra os
desmandos perpetrados pelo governo atual. Porém, acusa-los de Fascismo e
de ser de extrema de direita não é plausível. Quem se opõe ao evento
cita principalmente a tortura e autoritarismo como características dos
militares.
Foi marcado também para o dia 22, no mesmo local, a "Marcha Antifascista", organizada pelo grupo Ação Antifascista Brasil.
A chamada é atrevida e merece a atenção das autoridades, ja que ao
contrário dos manifestantes da Marcha da família, o grupo que se diz
anti-fascista promete uma BADERNA, veja: "já
que eles querem tanto a ordem, vamos trazer para a burguesia a
verdadeira "baderna do povão" já que como disse o ilustre DITADOR
Figueiredo "Prefiro o cheiro de cavalos ao do povo".
A grande mídia tem se calado em relação a Marcha da Família com Deus
marcada para o final desse mês. O silêncio pode ser um sinal de que o
evento realmente oferece perigo à ordem vigente. É certo que no mínimo
causará um considerável prejuizo político para o governo atual e a
grande verdade é que os manifestantes da marcha da família tem direito
de expressar sua opinião, isso é endossado pela constituição federal, e
as autoridades tem de garantir esse direito.
Entendemos que aqueles que são a favor do governo atual também tem
direito de se manifestar, desde que de forma realmente pacífica. Se
houver algum tipo de baderna, confronto ou confusão, a repercussão poderá ser maior ainda, dando voz àqueles que a mídia quer calar, por isso a estratégia mais racional para
os grupos que simpatizam com a esquerda será se manter o mais longe
possível, deixando sua manifestação para outro momento.
Esse mes de março, aniversario de 50 anos da intervenção militar no
país, promete ser bem movimentado, parece que a direita, antes calada,
pretende mostrar sua força. Além da marcha da família ha várias
comemorações em memória do evento que, indiscutivelmente, livrou o
Brasil do Comunismo.
As autoridades tem de estar atentas, se
existe uma quantidade tão grande de pessoas que vê nos militares a
única alternativa para salvar o país, e que por isso solicitam uma
intervenção das forças armadas, certamente há muita coisa errada
acontecendo no Brasil. Será
que nossa democracia fracassou mesmo, precisaremos começar de novo?
Será que não precisamos de uam reforma muito mais ampla do que se ousa
propor?
Na visão de alguns oficiais, como o general Valmir da Fonseca, uma intervenção dos militares é algo muito difícil de ocorrer, não passaria de uma esperança infundada . "A
Contrarrevolução de 31 de março de 1964 e os resultados funestos para
aquela heroica ação no atual cenário tornaram - se uma pesada acusação
para os então bem intencionados chefes militares. Na
atualidade, as injustiças levam a qualquer autoridade militar a pensar
muitas vezes, se valerá a pena um novo sacrifício. O povo brasileiro
merece ou mereceu o esforço? ...". Outros oficiais, como o General
Paulo Chagas, acham que é de suma importância que a sociedade
esclarecida vá para o palco político e declare o que pensa, e o que
deseja.
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