05/03/2014
às 17:38Todos disputam a sua cota de chorume na greve dos garis do Rio.
Quem
diria, hein? A extrema-esquerda com o nariz enfiado no lixo que se
acumula nas ruas do Rio!
À sua maneira, está no lugar certo. Então
ficamos assim: recolher o lixo e lhe dar a devida destinação é mesmo
coisa “de direita”; deixar que se acumule nas praças e passeio público
em nome da libertação da classe operária — afinal, “a classe dos garis é
internacional” — compõe a estratégia planetária da esquerda…
É
evidente, a esta altura, que a greve está sendo manipulada — mais uma
vez! — por uma minoria de extrema esquerda e por oportunistas. Hoje, no
Rio, nem o lixo é neutro: todos disputam um pouco do chorume: Marcelo
Freixo, Lindbergh Farias, Garotinho, cada um de olho na sua estratégia.
Como já ficou evidente, o sindicato dos garis havia aceitado o acordo
feito com a Prefeitura, mas aí entraram os militantes profissionais, e
tudo, literalmente, azedou. Pior para a população do Rio.
E vai
continuar azedando enquanto os repórteres, em momentos em que o poder
público está sendo chantageado, enfiarem o microfone ou o gravador na
cara da autoridade — a exemplo do que se fez com o prefeito Eduardo Paes
— para perguntar sobre o lixo.
“Mas não cabe a ele dar uma resposta?”
É, cabe, sim! Mas cabe à imprensa informar o que está em curso e quem
faz o quê na guerra do lixo.
Vejam lá
quem apareceu para disputar a sua cota de chorume: o tal DDH (Defesa dos
Direitos Humanos), aquela ONG que é comandada por um subordinado de
Marcelo Freixo, que fala como Marcelo Freixo, que pensa como Marcelo
Freixo, que age como Marcelo Freixo, mas que, claro!, não é ligada a
Marcelo Freixo, o preferido do “liberal” Caetano Veloso (ele ainda é
cantor?)…
Mais uma
vez, a população do Rio, e isso pode acontecer em qualquer cidade, é
refém de meia-dúzia de lunáticos, que têm as contas pagas sabe-se lá por
quem (se formos investigar a fundo, podem crer, é dinheiro público),
que usam a desordem pública a serviço de sua causa.
Quanto à questão em
si, defendo para garis ou para juízes o de sempre: sou contra greve de
servidores ou de prestadores de serviços essenciais. Se e quando, dentro
da lei, puderem ser demitidos, que sejam.
“Não tem
pena dos garis, assim como não tinha dos professores?”
Tenho é respeito
por aqueles que dependem do trabalho dessa gente — garis, professores ou
juízes — e que não lhes impuseram essa ou aquela atividades.
Por Reinaldo Azevedo
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