quarta-feira, 5 de março de 2014

Magela perde , o Meio Ambiente ganha

Eleições 2014: 61,4% reprovam governo Agnelo/Filippelli

Na Capital Federal, o apoio espontâneo a Agnelo é a metade do apoio a Dilma Roussef. Foto: O Globo
Por Chico Sant’Anna
O Carnaval acabou.

Os partidos vão agora botar os blocos na rua para as eleições de outubro, mas o cenário não anda nada bem para o governador Agnelo Queiroz, que teve seu nome referendado pelo diretório regional do PT para disputar a reeleição.

Com certeza, o quesito simpatia não é o forte do candidato petista junto ao eleitorado. 

Seu governo preserva índices elevados de reprovação. Esta foi um marca permanente da administração PT/PMDB, em Brasília. 

Tentaram de tudo. A secretaria de Comunicação teve três titulares, o atual foi assessor do ex-governor Jose Roberto Arruda,  e a verba de publicidade em 2013 chegou a R$ 200 milhões. Mesmo assim a população não mudou a forma de apreciar o GDF de Agnelo.

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A sete meses das eleições, praticamente, dois, em cada três brasilienses (61,4%), consideram o governo Agnelo/Filippelli “péssimo” ou “ruim”. Apenas 9,9% o analisam “bom” ou “ótimo”. A situação ainda é pior dentre o eleitorado feminino: 63,7% das mulheres rejeitam seu governo.

Isso é o que revela pesquisa realizada pela empresa Dados, no período de 10 a 17 de fevereiro com 3.000 eleitores do Distrito Federal. A margem de erro da pesquisa é de 1,8% e ela está depositada na Justiça Eleitoral.

Em termos de faixa de renda, a rejeição é maior entre os que ganham de três a quatro salários mínimos, onde 62%, em média, desaprovam a administração PT/PMDB.

Não convidem Agnelo para passear no Riacho Fundo I. Lá, 95,1% dos moradores reprovaram o governo dele, segundo a pesquisa. Planaltina (77,4%), São Sebastião, (70%), Ceilândia (67,2%) e Sudoeste/Octogonal (65,9%) são as demais cidades que lideram a rejeição ao governo.

Terceiro:

Quando perguntado em quem vai votar, na modalidade voto espontâneo (sem a apresentação de cartela com nomes de candidatos), a pesquisa revela que Agnelo tem a metade da preferência obtida pela presidente da República Dilma Roussef.

Em Brasília, a presidente lidera com 12,4% das intenções de voto, enquanto Agnelo aparece em terceiro lugar com 6% dos votos. Na frente de Agnelo, Arruda e Roriz, que poderão somar forças para o pleito.

As performances de Dilma e Agnelo revelam, contudo, que Brasília não é mais aquele reduto do voto petista, que garantia uma fatia de pelo menos 30% para qualquer candidato do partido de Lula.

O próprio ex-presidente parece estar perdendo seu poder de influência sobre os rumos do GDF. 

Se do lado do Palácio do Planalto, a opção de voto a Dilma Roussef cresce de 12,4% para 21,5% no caso de um apoio explicito de Lula ao nome de Dilma, no caso de Agnelo, a variação é de 6% para 12,1%.

Reguffe lidera para o Senado com uma vatagem, pelo menos, cinco vezes maior do que o segundo colocado, Geraldo Magela.


Quem parece ter um futuro tranqüilo nas eleições de outubro é o deputado Reguffe, do PDT. Isso, se ele optar pelo Senado Federal.

Segundo a pesquisa, em votos espontâneos, Reguffe lidera com 3,3%. Um patamar, pelo menos, cinco vezes maior do que seu oponente mais próximo.

Magela, do PT, é o segundo, mas aparece na pesquisa com 0,7%; seguido de Gim Argello – PTB, 0,6%; Alirio – PSDB, 0,3%; e Fraga – DEM, 0,3%.

Reguffe tem ainda a vantagem de liderar em quase todas as regiões administrativas. Perde apenas no Itapoá e em São Sebastião, que não são os maiores colégios eleitorais do Distrito Federal.

Geraldo Magela - Conferência das Cidades
Na corrida ao Senado, apesar dos esforços, Magela tem os maiores índices de rejeição. Foto de Chico Sant’Anna.

Além disso, leva a vantagem de ter baixo nível de rejeição. Neste quesito, Geraldo Magela, com 17,7%, é o campeão, seguido de Gim Argello, 13,4%; e Eliana Pedrosa, 10,9%.

Indecisos

Mas erra quem acha que o cenário está definido. Mais da metade dos eleitores do DF, 55,3%, ainda não sabe em quem votar para governador e 19,3% afirmam que votarão em branco ou anularão seus votos. Isso significa dizer que as preferências acima se referem apenas a um em cada quatro eleitores da capital.

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Um comentário:

Anônimo disse...

O Magela, ou Mazela como é mais comumente conhecido, é daqueles politicos que ficam com coceira nos dedos cada vez que vem uma arvore ou uma area verde preservada.

Tem de cortar, tem de destruir.

Os piores, mais destrutivos projetos urbanisticos já cogitados no DF foram da autoria dele, com o auxilio da Terracap e o aval do IBRAM.

E o presidente do IBRAM é do PV.Só rindo!

Se o Magela for para casa as arvores de fato vão agradecer.