05/03/2014
às 2:13 VEJAHá um ano, morria Chávez; a Venezuela está nas ruas; cresce solidariedade internacional à luta por democracia;
Há
exatamente um ano, no dia 5 de março de 2013, morria Hugo Chávez, o
homem que só ascendeu ao poder, em 1999, em razão de uma grave crise
política na Venezuela. Ele permaneceu no poder por 14 anos, boa parte do
tempo como ditador, e criou um modelo de governo que conduziu o país ao
colapso.
Nicolás
Maduro, o psicopata que sucedeu o coronel liberticida, tentará nesta
quarta-feira, mais uma vez, instituir o culto à memória do tirano. As
milícias armadas do chavismo foram convocadas para grandes manifestações
públicas. O risco de confronto é grande.
Nesta
terça, milhares de venezuelanos (fotos) voltaram às ruas para protestar
contra o governo. Os motivos vão se multiplicando: crise econômica,
autoritarismo, violência, pedido para que se apurem as responsabilidades
pelos 18 mortos nos protestos etc. Para o desespero de Maduro, a luta
da população venezuelana começa a despertar a solidariedade
internacional.
A Câmara
dos Deputados dos Estados Unidos aprovou uma resolução em que “deplora
os atos do governo que constituem uma afronta à vigência da lei, a
indesculpável violência perpetrada contra os líderes da oposição e
contra os manifestantes e os crescentes esforços para usar politicamente
leis criminais para intimidar a oposição política do país”.
Também a
Câmara do Chile teve uma atitude decente. Aprovou uma resolução, que
deve ser examinada nesta quarta pelo Senado, que insta o presidente do
país, Sebastián Piñera, a convocar o embaixador chileno em Caracas para
expressar sua repulsa aos atos de violência.
Ex-presidentes
de países latino-americanos cobraram o diálogo com a oposição em nome
dos princípios da Carta Democrática Interamericana. Assinam a nota Oscar
Arias Sánchez, da Costa Rica, também Prêmio Nobel da Paz; Ricardo
Lagos, do Chile; Alejandro Toledo, do Peru, e Fernando Henrique Cardoso,
do Brasil.
O governo
Dilma, no entanto, este impávido colosso, segue mudo.
Na verdade, pior
do que isso. Marco Aurélio “Top Top” Garcia, assessor da presidente
para assuntos internacionais, deve estar presente hoje às festas
oficiais em homenagem a Chávez. Não há como dizer de outra maneira: ao
fazê-lo, o governo Dilma suja as mãos no sangue dos opositores
venezuelanos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário