Lorotas políticas e verdades efêmeras
Cuidado com o que pensa. Pensamentos se tornam palavras. Palavras se convertem em ações. Ações se tornam hábitos. Hábitos configuram o caráter, que é a roupa da festa... Da sua vida. Ensinamentos ancestrais que, se fossem observados pelos pais, professores, líderes religiosos e adultos, as crianças e jovens de hoje poderiam fazer diferente. “Fazer diferente” do que fizeram todas as gerações passadas.
O
moço do subúrbio, que aprendeu a história do Brasil ouvindo o professor
barbudinho, reuniu-se com os amigos pra fumar um baseado. Foi quando um
deles falou que ia haver uma manifestação contra este governo de
corruptos. E convidou os companheiros:
- Vamos fazer uma bagunça?
- A troco de que meu fiel?
- Tem um pessoal que da uns trocados e o lanche.
- Demorou. Tô nessa! Quanto vai rolar?
- Cento e cinquenta prá cada um.
- Já to sabendo. Vi na televisão que lá fora a turma pega pesado.
As
cenas chegaram aos lares do Brasil e do mundo. Os olhos do Big Brother”
registraram tudo. A pauleira, os moços caminhando, um com o braço nos
ombros do outro, amigavelmente, a labareda do foguete, o profissional da
imprensa caindo, a mocinha conhecida como “Sininho”, a fada dos
irresponsáveis e imaturos como o Peter Pan, detentora da planilha de
pagamentos, irada avançando contra os repórteres, contra o mundo...
“Idealistas”?
Ou programados para “chegar lá”, fumando maconha, cheirando cocaína e
bebendo coca cola em vez de água de coco, suco de mangaba, genipapada ou
assai. Programados para pensar que podem mudar o mundo no tapa, na
facada, no tiro, na bomba ou assaltando bancos. Já vi este filme há
cinquenta anos. O figurino foi transmitido por presos políticos do
passado, para os presos comuns.
O
“lumpem proletariado” utilizado como “massa de manobra” desta revolução
sem fim. Isto não faz parte dos conteúdos escolares de história, nem
dos ensinamentos dos pais e dos líderes religiosos, nem dos comentários
de “âncoras” da tevê. Os fatos incômodos são apagados. As imagens
retocadas. A história é adaptada. As origens esquecidas.
Se
estas crianças pudessem absorver ensinamentos éticos e produtivos, não
importa o berço pobre ou rico... Se soubessem ler e fossem estimuladas
para buscar verdades preservando a liberdade mental, a coragem seria
lúcida, refinada, e então se poderia divisar a possibilidade de escolher
governantes com mentes sadias em vez de psicopatas.
Os
meninos pagos para bagunçar aparecem uniformizados de negro, usam
máscaras. Os pagantes, os que distribuem quentinhas estão nas sombras.
Serão os futuros deputados? Vereadores? Presidentes? Quem vai saber? O
que está por vir já está traçado, escrito, documentado, desde quando as
galinhas tinham dentes e os animais falavam.
Soldados
brasileiros foram mandados para matar e morrer na Segunda Guerra
Mundial. Para defender a “democracia”... Em defesa do “comunismo” as
guerrilhas se espalharam por toda a América do Sul, inaugurando os
sequestros, assaltos a bancos, roubos de explosivos, bombas em quartéis,
delegacias e embaixadas. “Idealistas” querendo invadir as mentes,
tomar o poder, mudar o mundo?
O
ilustre letrado Marcola, que aprendeu muito das táticas com um
professor “preso político”, deve estar dando risadas com todo este “auê”
de mascarados, pensando que nem um velho comunista, promovido a “herói
nacional”, “defensor da democracia”, que declarava em 1964: “Nós estamos
no poder”. Os verdadeiros detentores do poder internacionalista
pensariam: “O poder é nosso e ninguém tasca! Vocês são apenas marionetes
da nossa vontade”.
“Comunistas”
e “democratas”, “idealistas”, “humanistas”, aparecem condenando os
“atos de vandalismo”. Todos mascarados. Omitem que os pensamentos e as
opiniões foram implantadas tecnicamente, cientificamente,
irremediavelmente para gerar estas ações. Que o caráter destas pessoas
que declaram apavoradas diante das câmeras da televisão: “Só estou
querendo o melhor para o meu país...” está viciado desde o berço.
Aí
vem o carnaval, a copa de futebol, as “eleições”... Enquanto nos
divertimos, enquanto a adrenalina desta aventura interminável para
preservar a vida em meio à guerra é injetada em nossas veias, nos
bastidores os donos do poder analisam as reações e projetam os atos
sequenciais contra a nação.
05 de março de 2014Arlindo Montenegro é Apicultor.
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