Edição do dia 06/03/2014
06/03/2014 13h41
Pesquisa foi feita no Brasil, em Portugal, Espanha, Bélgica e Itália.
Brasileiro é o que mais adoece por causa de problemas financeiros.
Pesquisa feita no Brasil, Espanha, Portugal, Bélgica e Itália mostra
que o brasileiro é o que mais tem problemas de saúde por causa d
dificuldades financeiras. Ansiedade, distúrbios de sono, irritabilidade e
falta de concentração são as principais queixas dos endividados
brasileiros.
A chegada de Heloisa há um ano levou muita alegria para a casa do
coordenador de marketing Lyonel Silva, mas a nova responsabilidade levou
também problemas financeiros. “Eu tinha que escolher pagar a parcela ou
comprar as coisas dela e aí eu escolhi pagar as coisas dela e deixei a
dívida aumentar, deixei rolar”, conta.
Com Lyonel desempregado, a bola de neve das dívidas atingiu o tamanho
de quase R$ 50 mil. Ele ficou com o nome sujo e passou a fugir dos
cobradores. “Isso me causou um estresse muito grande, insônia e aí com
isso vem o problema na saúde mesmo, o problema físico. Cansaço, falta de
apetite, falta de disposição. Foi onde eu cheguei, alto nível de
estresse”, relata.
O estudo mostra também um dado bem preocupante: para enfrentar esses os
problemas de saúde, 30% dos brasileiros recorrem a antidepressivos.
Para os órgãos de defesa do consumidor, fazer um financiamento não é um
problema, desde que se tenha capacidade para pagar as prestações. É
importante pesquisar as taxas de juros e as tarifas embutidas no
financiamento em diferentes bancos e financeiras e saber o valor total
da dívida e das prestações.
“Se ele realmente quer financiar um bem, um imóvel, seu carro, ele deve
planejar isso, verificar qual é o valor da parcela, tomar muito cuidado
com o comprometimento da renda, com o comprometimento que ele vai fazer
do seu orçamento para pagar essa prestação. Porque senão, ele pode lá
na frente se tornar inadimplente”, orienta Sônia Amaro, supervisora da
Proteste.
Lyonel curou os sintomas de saúde e aprendeu a lição financeira.
Com
emprego novo, colocou tudo na ponta do lápis, se desfez do cartão de
crédito e fechou um acordo com os credores. Assim, recuperou a saúde e o
sono: “Mesmo tendo a dívida, eu durmo tranquilo, porque eu consigo
enxergar o final dela”.
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