quinta-feira, 6 de março de 2014

Globo omite ameaça à livre imprensa pelo governo Maduro para não magoar petralhas do governo

Quinta-feira, 6 de março de 2014




Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net



Para não criar problemas com o governo petista, cujos integrantes comandam o Foro de São Paulo (organização dos esquerdistas na América Latina), a Rede Globo preferiu omitir o recadinho que recebeu do governo de Nicolas Maduro para não manter correspondentes naquele país, durante a grave crise que beira a guerra civil, com 18 mortos e 266 feridos em protestos sem fim. 



A reportagem que o Jornal Nacional veiculou ontem teve sua passagem gravada, na Argentina, pela repórter Delis Ortis. A CNN também foi orientada a tirar suas equipes da Venezuela.

Além de reprimir a ação da imprensa, e acabar com a liberdade do próprio povo, Maduro tomou ontem uma decisão que pode ser fatal para sua estabilidade: romper relações diplomáticas com o Panamá, por cujo canal chegam produtos essenciais importados de países aliados da democradura chavista, principalmente China e Rússia. 



Se a briga com o Panamá for levada a sério, o já precário abastecimento de alimentos e produtos industrializados de primeira necessidade da Venezuela pode ficar ainda mais prejudicado.


Nicolas Maduro desdenhou ontem de qualquer eventual sanção que seja aprovada hoje na reunião da Organização dos Estados Americanos. 

A vergonhosa neutralidade diplomática brasileira joga a favor do regime socialista bolivariano. Ontem, Maduro teve apoio para suas recentes medidas radicais após reunião com os aliados do Foro de São Paulo. 


O representante brasileiro, o assessor especial da Presidente Dilma, Marco Aurélio Garcia, na Venezuela, participou da mini-cúpula com Raul Castro (ditador de Cuba) e Evo Morales (aprendiz de ditador da Bolívia).


O oficialismo bolivariano celebrou ontem, com desfile militar, o primeiro ano da morte de Hugo Chavez. Enquanto isso, novos protestos eram reprimidos pela Guarda Nacional Bolivariana com gás lacrimogêneo e a costumeira pancadaria. 


Foi neste clima radicalóide festivo que Maduro rompeu com o governo panamenho de Ricardo Martinelli, que convocou a reunião de emergência da OEA: “Não vamos permitir que ninguém se meta impunemente com a nossa pátria, lacaio rasteiro o presidente do Panamá”.


Maduro insiste na velha tese de que a oposição é um golpe armado e financiado contra ele pelos “imperialistas dos Estados Unidos”. O governo venezuelano só aceita debater a crise em fóruns onde tem hegemonia ideológica, como a Unasur e o Mercosul. 


A turma do Foro de São Paulo lhe dá apoio integral, com direito até a visita de Raul Castro. Por covardia, o presidentro Lula não foi à Venezuela, mas mandou Marco Aurélio Garcia – que viajou apesar dos problemas de saúde que lhe impediram de assumir a coordenação do programa de governo da reeleição de Dilma.


Estranha é a posição vacilante do governo Barack Obama – que não emite uma condenação mais contundente aos evidentes atentados à liberdade e aos abusos contra os direitos humanos na Venezuela conflagrada. 


Os EUA dependem do petróleo venezuelano para garantir a calefação no rigoroso inverno. Mas tal dependência não justifica uma posição tão branda da Casa Branca, ainda mais quando a China e a Rússia se aproveitam da escassez venezuelana para ampliar seus mercados e, também, a influência geopolítica na América Latina.

Comitê Reeeleitoral


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